Como lidar com as contas de começo de ano e as despesas mensais sem se endividar?

Anefac elabora algumas recomendações para o consumidor evitar o crédito e não sair no vermelho

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – O início de ano é um período tradicionalmente conhecido como sendo cheio de contas a pagar. Entre os famosos tributos como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e as dívidas que ficaram do ano anterior, o consumidor vai se desdobrando para quitar tudo. Além dessas despesas, há outras que não se pode esquecer e algumas recomendações podem ajudar a lidar com tudo isso.

Gastos com alimentação, água, luz, telefone, gás, manutenção, serviços de empregada e mesmo reformas não planejadas vão se somar aos gastos de começo de ano. Aqui, o presidente do conselho da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Roberto Vertamatti, faz a seguinte sugestão: comece colocando tudo no papel, ou seja, tudo o que você gasta e tudo o que recebe; assim fica mais fácil de visualizar seu orçamento.

Além disso, é preciso ter cuidado na hora das compras. Sempre que for pensar em adquirir um produto, seja ele qual for, pondere bem a real necessidade dessa aquisição. Prefira comprar um carro mais barato e mesmo adiar uma viagem para poder economizar. As contas supérfluas também devem ser evitadas, lembrando que, mesmo os gastos pequenos, normalmente desnecessários, acabam pesando no final do mês.

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A Anefac recomenda que os consumidores façam uma reserva financeira prévia para lidar com os gastos do começo de ano, sempre com o objetivo de evitar o crédito. No Brasil, os juros são considerados muito altos, mesmo nas modalidades mais baratas. Com o crescimento da oferta de crédito ao consumidor, é importante aprender a utilizar esse recurso, pois ele deve ser usado para melhorar sua vida e não para gerar mais problemas.

Veja algumas informações e recomendações para evitar o crédito:

Organize-se – elabore um orçamento doméstico e defina quais são suas reais necessidades. Planeje todos os seus gastos, considerando sempre a sua renda disponível e não a renda disponível mais crédito. Os gastos devem estar coerentes com a sua renda.

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Poupe – é importante fazer reservas financeiras para administrar eventuais gastos extras, previstos ou não. Esse recurso será importante para começar a planejar a compra de um bem no futuro, fazer um curso ou mesmo uma viagem.

Inadimplência – quando se gasta mais do que se tem, o resultado prático pode ser o nome “negativado”. Nessa situação, acaba o acesso a qualquer tipo de crédito.

Por fim, explica a Anefac, lembre-se de que “as taxas de juros se encontram em patamares elevados no País; provavelmente, um dos fatores destas taxas altas é o baixo volume de crédito disponível, que representa hoje algo como 48,5% do PIB (Produto Interno Bruto), quando a média internacional passa de 80%”.