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SÃO PAULO – O Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) ratificou, nesta segunda (30), a ampliação de duas parcelas do seguro-desemprego para trabalhadores demitidos em dezembro de 2008, que foram identificados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), conforme o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já havia anunciado.
Ao todo, 103,7 mil trabalhadores serão contemplados com a medida em 16 estados, nos 42 setores identificados pelo cadastro. “O pagamento das duas parcelas extras aos 103 mil trabalhadores vai significar um gasto de R$ 126 milhões do FAT”, comentou o vice-presidente do Conselho, Ezequiel Nascimento. Em 2008, o benefício foi pago a 6,5 milhões de trabalhadores, totalizando um desembolso de R$ 14,7 bilhões.
O setor da indústria foi o que apresentou maior número de perda de postos de trabalho no último mês de 2008 (82 mil), sendo que nos estados de São Paulo e Minas Gerais concentram-se a maioria das demissões.
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Estados e setores beneficiados
Para escolher os setores beneficiados, o ministério adotou como critério a comparação da média, entre 2003 e 2009, da evolução do emprego com carteira assinada de cada subsetor de atividade, com base no movimento dos últimos três meses (dezembro, janeiro e fevereiro).
“Os que tiveram saldo negativo de 30% superior a esta média entraram no benefício. Portanto, quem foi demitido em dezembro, dentre os subsetores e estados relacionados, terá mais duas parcelas”, explicou o ministro.
Veja abaixo a relação dos subsetores e a quantidade de trabalhadores beneficiados por estado:
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Estados | Subsetores beneficiados | Trabalhadores beneficiados |
Amazonas | Indústria metalúrgica Indústria mecânica Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. Diversas Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico Transportes e comunicações |
2.399 |
Amapá | Transportes e comunicações Agricultura, silvicultura, criaçao de animais, extrativismo vegetal |
111 |
Maranhão | Transportes e comunicações | 337 |
Ceará | Indústria mecânica | 79 |
Paraíba | Indústria de calçados | 489 |
Pernambuco | Ind. Da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas | 68 |
Sergipe | Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica | 69 |
Bahia | Extrativa mineral | 222 |
Minas Gerais | Extrativa mineral Indústria metalúrgica Indústria mecânica Indústria do material elétrico e de comunicações Indústria do material de transporte Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. Diversas Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico Com. e administraçao de imóveis, valores mobiliários, serv. técnico… |
41.412 |
Espírito Santo | Comércio varejista | 4.108 |
Rio de Janeiro | Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica | 485 |
São Paulo | Indústria metalúrgica Indústria mecânica Indústria do material de transporte Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. Diversas Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos |
44.312 |
Paraná | Indústria do material de transporte Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria, … |
3.327 |
Santa Catarina | Indústria metalúrgica Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria Comércio atacadista |
3.155 |
Rio Grande do Sul | Indústria do material elétrico e de comunicações Indústria do material de transporte Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria |
2.753 |
Goiás | Indústria do material de transporte | 381 |
Maior prazo de financiamento
Também nesta segunda (30), o Codefat autorizou que os produtores rurais tenham mais 24 meses pra quitar empréstimos por meio da linha de crédito FAT Giro-Rural.
Pela linha, foram concedidos financiamentos no valor de R$ 2,7 bilhões a produtores rurais, pelo Banco do Brasil e pelo BNDES.
O pedido foi feito ao FAT pelo Ministério da Agricultura sob a justificativa de que muitos produtores ficariam inadimplentes e teriam a safra comprometida em função da crise financeira.