Caged: com 138.402 mil novas vagas, julho registrou o melhor resultado do ano

O mês registrou a sexta expansão seguida, com alta de 0,43%, frente ao número total de trabalhadores formais em junho

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Com a criação de 138.402 postos de trabalho, o emprego formal registrou em julho a sexta expansão seguida, com aumento de 0,43% frente a junho. Esse também foi o melhor saldo do ano.

Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta terça-feira (18) pelo Ministério do Trabalho, e revelaram que o resultado de julho representou ainda a quarta maior evolução da série histórica do Cadastro.

O número de desligamentos foi de quase 1,260 milhão no sétimo mês do ano, enquanto foram registradas pouco mais de 1,398 milhões de admissões, o que resulta no saldo positivo de 138.402 vagas.

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No ano, houve expansão de 1,37%, com saldo positivo de 437.908 postos de trabalho, resultante da diferença entre as 9,323 milhões de contratações e os 8,885 milhões de desligamentos do período. Nos últimos 12 meses, o saldo também foi positivo, de 1,01%, com acréscimo de 325.506 postos de trabalho.

Segundo o Ministério, o desempenho de julho consolida o processo de recuperação do emprego formal frente aos meses anteriores, já que alcança o mesmo patamar registrado nos meses de julho dos últimos seis anos, de 2003 e 2008, período, segundo o órgão, mais favorável à geração de emprego.

Crescimento setorial

Na análise mensal, dentre os oito setores de atividades econômicas, nenhum apresentou variação negativa no sétimo mês do ano.

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Um dos setores que mais colaboraram para o resultado positivo no mês passado foi a Construção Civil, com saldo positivo de 32.175 postos de trabalho (+1,60%), sendo o que mais gerou empregos em julho e apresentou o segundo melhor desempenho da série histórica do Caged para o período. Medidas de estímulo ao setor são apontadas como as principais causas desse incremento.

Outro setor que respondeu de maneira positiva à geração de emprego em julho foi a Agricultura, responsável pela criação de 29.483 vagas (+1,75%). Este foi o sexto mês seguido de crescimento e o quarto melhor saldo da série para o período.

O setor de Serviços obteve expansão de 0,21%, com a criação de 27.655 postos de trabalho, impulsionado principalmente pelos ramos de Serviços e Comércio e Administração de Imóveis (+17.479), Serviços de Alojamento, Alimentação e Reparação (+10.220) e Serviços Médicos e Odontológicos (+8.394).

O Comércio ganhou fôlego e, após quedas sucessivas e uma pequena recuperação em junho (+025%), apresentou em julho o melhor resultado do ano, com incremento de 27.336 vagas (+0,39%). O Comércio Varejista puxou o bom desempenho do setor, com variação positiva de 0,35% e geração de 20.598 postos.

A Indústria de Transformação, que até então se destacava pelas pequenas variações, registrou 17.354 novos postos de trabalho em julho e incremento de 0,24%. Esse resultado é o melhor do setor no ano e o sexto melhor saldo da série do Caged.

O setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública, com saldo positivo de 2.497 vagas, também apresentou margem de crescimento, de 0,70%, assim como o setor Extrativo Mineiral (+0,06% e 98 vagas). A Administração Pública registrou incremento de 1.804 vagas no mês passado (+1,73%).

Análise regional

Ainda segundo os dados do Caged, na análise regional, todas as regiões metropolitanas apresentaram saldo positivo do nível de emprego.

Desta vez, Fortaleza (+0,80%) e Belém (+0,64%) registraram as maiores variações no período e a criação de 5.102 e 1.785 vagas, respectivamente. No entanto, foi novamente São Paulo (+20.094 postos) a região metropolitana que mais empregou em julho.

Entre as regiões do país, nenhuma apresentou variação negativa na taxa de empregabilidade, sendo que a maior taxa positiva veio da região Norte (+0,84%), onde 11.028 postos de trabalho foram criados. No entanto, a região que empregou mais foi a Sudeste, com a criação de 65.344 vagas no mês passado.

A região Sul foi a que apresentou a menor variação no período (+0,20%), com a criação de 11.624 vagas, ao passo que a região Nordeste gerou 39.291 postos (+0,83%) e o Centro-Oeste gerou 11.115 vagas (+0,46%).