Aumento na procura por seguro-desemprego é reflexo da crise financeira

Segundo especialistas, empresas estão demitindo mais; somente em São Paulo alta na procura do benefício foi de 30%

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SÃO PAULO – Na opinião do diretor regional da Secretaria de Emprego e Relações de Trabalho do Estado de SP, Wagner Leite de Souza, o aumento verificado no número de pedidos de seguro-desemprego é reflexo da crise financeira internacional.

“Por conta da crise, muitas empresas que haviam contratado, no início do ano passado, acabaram dispensando seus funcionários, especialmente, no segundo semestre. O fato também pode ser observado no comércio. Muitos lojistas contrataram temporários para o fim do ano, com a intenção de efetivar, mas acabaram tendo que dispensar”, disse.

Setores e profissionais

De acordo com Leite, entre os setores, os que mais demitiram, nos seis últimos meses do ano passado, foram a construção civil e a indústria automotiva.

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Quanto aos profissionais, os que mais têm procurado os postos do Poupatempo no estado de São Paulo, a fim de requerer o seguro-desemprego, são aqueles considerados mão-de-obra operacional ou que trabalham na linha de produção das empresas.

“Acredito que, a partir de agora, este pessoal precisará investir em qualificação para se recolocar no mercado de trabalho, e ainda assim, haverá dificuldade.”

Números

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, até o dia 11 de novembro e 2008, o número de pedidos de seguro-desemprego registrados no estado era de 824.996, um aumento de 30%, segundo Leite, em relação aos 11 primeiros meses de 2007.

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Em todo o Brasil, segundo a assessoria de comunicação do Ministério do Trabalho e Emprego, até meados de dezembro, já haviam sido feitos 6.720.101 requerimentos para ter direito ao benefício. Em relação ao ano de 2007, quando foram realizados 6.293.679 pedidos, houve um aumento de 6,78%.