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Startup brasileira leva internet a 15% da área agrícola do Brasil

Sinal da Sol, do Grupo RZK, cobre 12 milhões de hectares, em 63 mil propriedades rurais e mira o mercado financeiro

Alexandre Inacio

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Com quase três anos de vida, a Sol, empresa brasileira de telecomunicação e IoT especializada no agronegócio, vai encerrar 2023 levando internet a 15% da área agrícola do Brasil. A cobertura da companhia já chega a 12 milhões de hectares, dos 78,8 milhões cultivados com grãos nos país.

A empresa não revela o nome do cliente, mas diz ter fechado um único contrato para a instalação de 100 novas torres de telecomunicação em áreas agrícolas. Com isso, a infraestrutura de internet dedicada ao agronegócio chegará a 450 torres.

Em números redondos, 50% dos equipamentos estão distribuídos pela região Centro-Oeste. Outros 25% estão no Sudeste, ficando as regiões Sul e Norte com os 25% restantes.

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Hoje, o sinal gerido pela startup cobre 63 mil propriedades rurais. Entre seus clientes estão grandes grupos como Amaggi, Scheffer, Bom Futuro e Girassol, além da recém parceria anunciada com a Tereos. Só nas áreas da usina serão 17 torres.

Startup brasileira faz parceria com operadoras para levar internet a áreas agrícolas

Parte do Grupo RZK, do empresário José Ricardo Rezek, a startup nasceu em dezembro de 2020 a partir de uma oportunidade identificada internamente. A holding é dona de mais de 100 mil hectares de terras, onde cultiva soja, milho e arroz e ainda reúne um rebanho de 42 mil cabeças.

Além disso, é um dos mais importantes concessionários de máquinas John Deere, a Primavera Máquinas. Fora do agro, o grupo ainda atua nos segmentos de mídia, geração e comercialização de energia e concessões.

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“As máquinas John Deere sempre tiveram alta tecnologia embarcada para coleta de dados de solo, produtividade e muito mais. O grupo percebeu que havia dificuldade em usar toda essa tecnologia exatamente pela falta de conectividade no campo. Assim, nasce a Sol”, disse Rodrigo Oliveira, CEO da Sol ao IM Business.

A empresa desenvolveu um modelo de negócios onde atua como uma espécie de matchmaker entre as empresas de telecomunicação e o campo. “A falta de conectividade sempre foi uma barreira, mas não é a única quando se fala em gestão de dados”, diz Oliveira.

A empresa negocia projetos de telecomunicação e gestão de dados com grupos de produção agrícola, que incluem a instalação de antenas de internet para transmissão dos dados coletados no campo.

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“Percebemos que os dados das máquinas, de clima, solo e outros não se conversavam. Tiramos esses dados do campo com a internet e juntamos em um ambiente para tomada de decisão dos produtores”, diz o executivo.

Com o sinal de internet avançando e dados sendo gerados e coletados em tempo real, o próximo passo da Sol será junto ao mercado financeiro. A empresa prepara para o primeiro trimestre de 2024 o MVP (Minimum Viable Product) de um seguro de financiamento para o agronegócio.

“Será o primeiro produto suportado por dados do agronegócio. Já estamos em conversas adiantadas com um banco privado e uma seguradora”, adianta Oliveira.

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