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SLC vê oportunidade de ampliar áreas via arrendamento em 2024

Disponibilidade de terras tende a aumentar este ano, após quebra em Mato Grosso e queda nos preços dos grãos

Alexandre Inacio

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A SLC Agrícola (SLCE3) plantou na safra 2023/24 cerca de 651,7 mil hectares. A área representou um recuo de 3,4% em relação aos 674,3 mil hectares semeados na temprada anterior. Mas, agora, a expectativa da companhia é que as oportunidades para arrendar novas áreas e expandir os negócios sejam maiores do que no ano passado.

A razão para a virada é a atual conjuntura do mercado de grãos. Tudo indica que muitos arrendamentos contratados, especialmente em Mato Grosso, serão devolvidos e disponibilizados no mercado por causa da quebra da safra de soja no Estado e pela desvalorização dos grãos no cenário internacional.

Se confirmadas a tese e as oportunidades, a SLC voltará a crescer via arrendamento. Na safra 2023/24, a companhia reduziu em 4% o plantio em áreas de terceiros. Os contratos de arrendamento totalizaram nesse período 222,54 mil hectares. 

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Aurélio Pavinato, CEO da SLC Agrícola (Foto: Divulgação)

“Em 2024 teremos mais oportunidades de expansão do que tivemos em 2023. Nossa alavancagem baixa nos dá uma vantagem para momentos como esse”, disse Aurélio Pavinato, CEO da companhia, em conferência com analistas e investidores nesta quinta-feira

Atualmente, um em cada 2,6 hectares plantados pela SLC está em Mato Grosso. O Estado reúne 38% das áreas de companhia, seguido por Bahia e Maranhão, com 23% e 22%, respectivamente. Aumentar o cultivo exatamente em Mato Grosso poderia representar uma concentração ainda maior e, consequentemente, maior exposição aos riscos climáticos.

“Nosso foco sempre foi o Cerrado. Nossa motivação para crescer em outras regiões talvez seja maior, mas vai depender das oportunidades que surgirem”, disse Pavinato.

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Ontem, a SLC Agrícola reportou um prejuízo de R$ 153 milhões no quarto trimestre, consequência da remarcação de preços de seus ativos biológicos, em especial a soja. No ano, o lucro líquido diminuiu quase 30%, para R$ 937,9 milhões.

O resultado contribuiu para que a relação dívida líquida-Ebitda subisse para 1,06 vez no fim de 2023. Um ano antes, o nível de alavancagem era de 0,76 vez. Apesar da alta, o patamar atual é considerado confortável para suportar uma expansão dos negócios.

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