SLC tem prejuízo de R$ 152,9 milhões no 4º trimestre de 2023

Recuo no preço da soja e queda da produtividade da safra 2023/24 leva companhia a remarcar ativos biológicos

Alexandre Inacio

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A SLC Agrícola (SLCE3) fechou o último trimestre de 2023 no vermelho. A companhia encerrou o período com um prejuízo líquido de R$ 152,9 milhões, revertendo um lucro de R$ 132,4 milhões apresentado no mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da companhia no quarto trimestre recuou 1,4%, para R$ 1,91 bilhão, em comparação ao mesmo período de 2022. Já o Ebitda cresceu 3,9%, na mesma comparação, e chegou a R$ 673,37 milhões.

No acumulado de 12 meses, o lucro líquido acabou recuando quase 30%, para R$ 937,9 milhões, influenciado pelo resultado do último trimestre. A receita de 2023 cai 1,9%, para R$ 7,23 bilhões, enquanto o Ebitda caiu 13,1%, para R$ 2,7 bilhões, com margem de 37,5%.

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O principal motivo para o prejuízo trimestral foi a remarcação dos ativos biológicos. O valor justo ficou negativo em R$ 72,7 milhões, ante um desempenho positivo de R$ 376,1 milhões no quarto trimestre de 2022.

Aurélio Pavinato, CEO da SLC Agrícola (Foto: Ricardo Jaeger/Divulgação)

A remarcação reflete a queda dos preços dos grãos, em especial o da soja, e também a queda de produtividade das lavouras da safra 2023/24. Segundo Aurélio Pavinato, CEO da SLC Agrícola, a colheita das variedades precoces da companhia tiveram prejuízo, por conta da estiagem que atingiu o Estado de Mato Grosso.

“A queda dos preços e da produtividade nos levou a remarcar o valor dos ativos biológicos no quarto trimestre. Porém, consideramos que o resultado anual foi bom, com uma margem Ebitda de 37,5%”, disse Pavinato, ao IM Business.

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Com a estiagem em Mato Grosso, a SLC decidiu ajustar a estratégia e elevar a área de algodão na primeira safra, que será superior ao segundo plantio. No total, a companhia irá semear 189 mil hectares de algodão.

“Temos uma expectativa para alta produtividade no algodão. Também começamos a ver uma recuperação dos preços da pluma, o que nos leva a crer que as margens serão positivas novamente”, disse Pavinato.

Para a soja que está sendo colhida, as margens tendem a ser menores. Já para a segunda da safra de milho, a expectativa do executivo é que a produtividade fique dentro da normalidade, porém, as margens devem recuar, dada a queda dos preços do cereal.