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Santander prevê R$ 60 bilhões em oferta de ações em 2023

Banco trabalha hoje com pipeline de 30 operações, entre follow-ons e M&As, segundo o diretor de Investment Banking da instituição

Lucinda Pinto

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O volume de oferta de ações pode atingir R$ 60 bilhões até o fim deste ano, em grande medida por causa do efeito positivo que a perspectiva de queda de juros está trazendo, afirma o diretor de Investment Banking (IB) do Santander, Leonardo Cabral.

Foram cerca de R$ 30 bilhões em ofertas subsequentes até agosto, sendo R$ 15 bilhões somente em julho e agosto, segundo Cabral. “Acreditamos que esse número pode dobrar até dezembro, o que elevaria o volume total a R$ 60 bilhões”. O executivo diz também que o Santander trabalha hoje com um pipeline de 30 operações entre follow-ons e M&As (fusões e aquisições).

Em entrevista concedida durante a 24ª Conferência Anual Santander, executivos da área de atacado do banco apresentaram uma visão positiva para o cenário do mercado de ações nos próximos meses. Renato Ejnisman, vice-presidente da área de atacado do banco, diz que uma sondagem com os 2.300 participantes do evento — parte deles investidores estrangeiros — mostrou que 65% esperam ampliar a exposição ao mercado de equities brasileiro nos próximos seis meses.

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O setor de varejo e consumo foi apontado como uma das apostas por 55% dos entrevistados e o imobiliário, por 37%. Diretamente expostos à economia doméstica, os dois setores são os que mais se beneficiam da queda de juros. “O Brasil é um destino para o qual todos estão olhando. Muitos dos investidores estão overweight em Brasil, e saí do evento com a impressão de que vamos receber mais aportes”, afirma Ejnisman.

Segundo o executivo, o investidor ainda demonstra estar mais seletivo e busca papéis que garantem maior liquidez e preços atrativos. “Haverá ofertas de nomes muito bons. Mas a opção será pelas ofertas maiores, que garantam mais lilquidez, que estejam bem precificadas”.

A sondagem também mostrou que a expectativa dos investidores é de que, nos próximos meses, algo entre R$ 30 bilhões e 50 bilhões retornem para o mercado de ações, especificamente para os fundos de investimento.

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Lucinda Pinto

Editora-assistente do Broadcast, da Agência Estado por 11 anos. Em 2010, foi para o Valor Econômico, onde ocupou as funções de editora assistente de Finanças, editora do Valor PRO e repórter especial.