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Apesar de não constar na lista de apostas autorizadas a atuar no Brasil a partir deste mês, a Esportes da Sorte afirma ter cumprido todas as exigências estabelecidas pelo Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria de Prêmios e Apostas.
“Não existe qualquer impedimento legal para a continuidade da nossa atividade, que sempre ocorreu em conformidade às normas do Governo Federal”, disse a empresa em nota enviada ao InfoMoney.
Na noite da terça-feira (1º), o Ministério da Fazenda publicou a lista de empresas autorizadas a seguir em operação no Brasil até dezembro de 2024. Foram 193 sites ligados a 88 empresas, que solicitaram autorização até o dia 17 de setembro por meio do Sistema de Gestão de Apostas (SIGAP).
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Chamou a atenção a ausência da Esportes da Sorte, uma das casas com maior exposição no país — patrocinadora de oito clubes do futebol brasileiro — cujo pedido à pasta havia sido feito em 16 de agosto.
A empresa está no centro de uma investigação da Polícia Civil de Pernambuco sobre lavagem de dinheiro por meio de casas de apostas. Seu ex-CEO, Darwin Henrique da Silva Filho, é investigado e já foi preso; segundo a investigação, o esquema girava em torno do executivo.
“Nosso compromisso sempre foi com a transparência e em favor da regulamentação, tanto é que o Grupo Esportes da Sorte cumpriu com todas as exigências das portarias SPA/MF Nº 827/2024 e SPA/MF Nº 1.475/2024 e entregou toda a documentação correspondente dentro dos prazos estabelecidos nas respectivas portarias”, disse a empresa em nota.
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A Esportes da Sorte diz já estar em contato com o Ministério da Fazenda.
O Ministério da Fazenda não respondeu às perguntas enviadas pelo InfoMoney até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para atualização.
Exposição no futebol
A Esportes da Sorte é a patrocinadora master do Corinthians, com um contrato de R$ 309 milhões por três anos. A casa de apostas também patrocina o time de futebol feminino do Palmeiras, com um acordo de R$ 18,5 milhões por temporada, além de Athletico-PR, Bahia e Grêmio, na Série A do Campeonato Brasileiro; Ceará, na Série B; Náutico, na Série C; e Santa Cruz, que retorna à Série D em 2025.
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O patrocínio com o Corinthians é um dos maiores do futebol brasileiro. Segundo publicou o portal UOL, o clube paulista pode acionar a qualquer momento uma cláusula para encerrar o contrato, caso haja nulidade da concessão ou cassação da licença da operação da Esportes da Sorte.
A casa de apostas foi escolhida para estampar a área publicitária mais nobre da camisa alvinegra após a Vai de Bet romper o contrato com o clube — a empresa também é investigada pela Polícia Civil de Pernambuco e não consta na lista publicada pelo Ministério.
Procurado, o clube não respondeu sobre a possibilidade de quebra de contrato.