Paramount vai demitir 2.000 funcionários

Cortes são resultado da fusão com a Skydance, estúdio de Hollywood fundado por David Ellison

Benjamin Mullin The New York Times

A oferta mais recente da Paramount pela Warner Bros. Discovery, entregue em 13 de outubro, propôs pagar aos acionistas da empresa US$ 23,50 por ação, em dinheiro e ações. Crédito: Alex Welsh para The New York Times
A oferta mais recente da Paramount pela Warner Bros. Discovery, entregue em 13 de outubro, propôs pagar aos acionistas da empresa US$ 23,50 por ação, em dinheiro e ações. Crédito: Alex Welsh para The New York Times

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A Paramount começou nesta quarta-feira (29) a demitir mais de 2.000 funcionários, uma consequência muito aguardada da fusão com o estúdio de Hollywood Skydance.

Os cortes, anunciados internamente por David Ellison, CEO da Paramount, incluirão inicialmente cerca de 1.000 funcionários nos Estados Unidos, em diversas divisões, incluindo a CBS News, o estúdio de cinema Paramount e redes a cabo como MTV, Nickelodeon e BET. O restante dos cortes, que afetarão alguns funcionários internacionais da Paramount, ocorrerá posteriormente.

No total, a Paramount planeja cortar cerca de 10% da empresa combinada.

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Em um memorando enviado aos funcionários nesta quarta-feira, Ellison afirmou que os cortes têm como foco eliminar cargos redundantes ou eliminar posições que não estejam alinhadas com as prioridades em evolução da Paramount.

“Essas decisões nunca são tomadas levianamente, especialmente considerando o impacto sobre nossos colegas que fizeram contribuições significativas para a empresa”, disse Ellison no memorando.

Os funcionários da Paramount, que têm passado por reorganizações corporativas quase anuais, já se preparavam para as demissões há meses. Quando a Skydance anunciou sua fusão com a Paramount no ano passado, a empresa afirmou que buscava US$ 2 bilhões em sinergias, termo usado em Wall Street para cortes de custos.

Ellison indicou no início deste ano que grandes mudanças estavam por vir. Em setembro, ele enviou um memorando informando aos funcionários que seria esperado que retornassem ao escritório cinco dias por semana nos próximos meses. Funcionários que não quisessem ou não pudessem retornar ao escritório seriam elegíveis a um pacote de indenização, disse ele.

Alguns dos funcionários mais seniores da Paramount já anunciaram suas saídas com a aproximação das demissões. Pam Kaufman, chefe do negócio internacional da Paramount, comunicou aos funcionários em setembro que deixaria a empresa após mais de 25 anos. Chris Aronson, presidente da distribuição nos EUA da Paramount Pictures, disse neste mês que deixaria o cargo em dezembro.

Ondas sucessivas de demissões tornaram-se a nova normalidade em Hollywood, à medida que executivos fundem empresas e tentam cortar bilhões em custos após esses acordos serem fechados. O espectro de novos cortes tem sido tema de conversa em Hollywood nos últimos dias, enquanto Ellison planeja uma oferta pela Warner Bros. Discovery, empresa-mãe da CNN, HBO e do estúdio Warner Bros.

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