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A geração Z pode ser conhecida por torrar dinheiro nos shows mais recentes da Taylor Swift ou em viagens de luxo, mas, por trás da paixão dos jovens por gastos extravagantes, existe um hábito financeiro responsável: investir para a aposentadoria.
Na verdade, a geração mais jovem pode estar mais preparada para se aposentar do que seus grupos mais velhos. Quase metade dos trabalhadores da geração Z (entre 24 e 28 anos) nos Estados Unidos deve manter seu padrão de vida atual na aposentadoria, ligeiramente à frente dos 40% projetados para os baby boomers (entre 61 e 65 anos) que se aproximam da aposentadoria, segundo um novo estudo da gestora de investimentos Vanguard.
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Os millennials (entre 29 e 44 anos) também ficaram um pouco à frente da geração mais velha, com 42% no caminho certo para a aposentadoria. A geração X ficou um pouco atrás, com 41% (entre 45 e 60 anos).
A Vanguard baseou suas conclusões em dados da Pesquisa de Finanças do Consumidor de 2022, usando cerca de 2.700 domicílios de trabalhadores dos EUA para estimar como cada geração está progredindo rumo à aposentadoria e se a renda nessa fase seria suficiente para manter seu estilo de vida sem ultrapassar suas necessidades de gastos.
A prontidão financeira da geração Z pode surpreender as gerações mais velhas, que tendem a acreditar que os jovens estão gastando como se não houvesse amanhã ou fazendo compras supérfluas, em vez de adquirir o necessário para atingir marcos da vida adulta.
Enquanto a inflação em disparada, o alto custo de vida e os salários estagnados estão empurrando baby boomers de volta ao mercado de trabalho, jovens poupadores podem estar encarando esses ventos contrários como uma lição financeira.
O que ajuda a geração Z a poupar
Parte dessa preparação financeira se deve à expansão dos planos de contribuição definida (DC) oferecidos pelos empregadores. Para os mais jovens, esses planos podem tornar a poupança mais fácil e eficiente com recursos como inscrição automática, aumento automático das contribuições e investimentos em fundos com data-alvo.
Além disso, um estudo separado da Vanguard constatou que as taxas de participação e elegibilidade em planos DC estão no nível mais alto já registrado, o que pode ajudar trabalhadores a construir segurança financeira ao longo do tempo.
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Além disso, o estudo destacou que, se todos os trabalhadores tivessem acesso a um plano DC cerca de 6 em cada 10 americanos estariam no caminho certo para a aposentadoria. Mais de 100 milhões de americanos têm acesso a esses planos, que somam mais de US$ 12 trilhões em ativos.
Mas o acesso a fundos de aposentadoria não é universal. Uma análise separada mostrou que 42% (cerca de 40 milhões) dos trabalhadores não têm acesso essa opção, principalmente no caso de empregos de baixa remuneração e cargos de meio período.
No entanto, apesar de os mais jovens estarem direcionando dinheiro para sua previdência corporativa, o futuro de qualquer progresso adicional depende de seu bem-estar financeiro geral.
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Mesmo com seu sucesso em poupar, muitas pessoas dessa geração enfrentam pagamentos de dívidas — de empréstimos estudantis, financiamentos de veículos e dívidas em cartões de crédito que só aumentam.
“Apoiar o bem-estar financeiro como um todo, com ferramentas de planejamento eficazes, é fundamental para ajudar a próxima geração a alcançar segurança duradoura na aposentadoria”, disse Nicky Zhang, estrategista de investimentos da Vanguard e coautora do estudo.
Baby boomers não estão prontos para se aposentar totalmente
Os baby boomers, mesmo detendo mais da metade da riqueza do país, não estão prontos para abandonar o expediente das 9h às 17h e se aposentar com conforto. Enquanto os 30% mais ricos dos boomers estão, em geral, no caminho certo, o restante pode ficar aquém.
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Por exemplo, o boomer mediano deve repor cerca de um terço da renda que tinha antes da aposentadoria com economias próprias e poupança previdenciária do empregador, mas ainda assim enfrentará um déficit de aproximadamente US$ 9 mil — o equivalente a um quarto de suas despesas por ano.
Para lidar com isso, os boomers podem precisar considerar opções como usar o patrimônio imobiliário, reduzir gastos ou trabalhar mais dois anos, segundo o estudo.
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