2026 será o ano da monetização da inteligência artificial, diz especialista

Infraestrutura ampliada deve abrir caminho para mais usos práticos em empresas e por consumidores em geral

Sheryl Estrada Fortune

(Foto: Getty Images/The New York Times Licensing Group)
(Foto: Getty Images/The New York Times Licensing Group)

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O gasto global com inteligência artificial deve crescer significativamente em 2026, impulsionado pela expansão da infraestrutura de IA e pela adoção mais ampla de softwares e dispositivos com IA. Em vez de ficar concentrado apenas nas grandes gigantes de tecnologia, esse investimento está cada vez mais vindo de uma base mais ampla de empresas.

A Gartner prevê que o gasto global com IA ultrapasse US$ 2 trilhões em 2026, liderado pela integração de IA em produtos como smartphones, PCs e outras infraestruturas essenciais. As condições econômicas regionais, os ambientes regulatórios e o acesso a profissionais qualificados influenciarão a velocidade com que cada empresa ampliará suas iniciativas. Nem todas as empresas vão investir em grandes atualizações de hardware ou avançar com implementações em larga escala no mesmo ritmo.

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Para entender como o mercado está se formando, conversei com Dan Ives, diretor-gerente e analista sênior de pesquisa em ações da Wedbush Securities. “Acreditamos que 2026 será o ano da monetização da IA, à medida que a infraestrutura abre caminho para os casos de uso em empresas e para consumidores”, disse Ives. “Isso é só o começo, e esperamos um 2026 otimista para o setor de tecnologia e para a revolução da IA.”

Analistas da Wedbush escreveram em um relatório divulgado na manhã de segunda-feira (1º) que estão vendo os negócios relacionados à IA acelerando mais rápido recentemente, e que esse impulso deve se estender até 2026, conforme as empresas usuárias finais aceleram as implementações.

Os analistas também rejeitam a ideia de que o mercado esteja mostrando sinais de uma bolha de IA, destacando que a adoção ainda está em uma fase muito inicial, enquanto CIOs e líderes empresariais avaliam onde a IA pode gerar valor real dentro de suas organizações.

Um relatório recente da Deloitte também prevê expansão contínua nos investimentos em IA em setores como tecnologia, mídia e telecomunicações, mas enfatiza que o foco vai mudar de experimentação para execução.

“Novos modelos fundamentais, ou até novos aplicativos corporativos com ‘agentes inteligentes’ brilhantes, continuam impressionando — mas traduzi-los para além de pilotos e testes exige um trabalho que costuma ser menos glamouroso, como organização de dados, integração aos fluxos de trabalho existentes, governança, novos modelos de precificação e conformidade regulatória”, diz o relatório.

Essas projeções indicam um ponto de virada comum: 2026 será menos sobre modelos de IA impressionantes e mais sobre transformar capacidades existentes em resultados mensuráveis de negócios.

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