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Embraer: aviação executiva compensa atrasos em defesa e garante 1º tri positivo

Dificuldades na cadeia de suprimentos atrasaram produção das unidades C-390, mas entregas na área comercial elevaram receitas

Felipe Mendes

Avião de transporte militar da Embraer (Divulgação)

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A despeito da sazonalidade, a Embraer (EMBR3) comemorou os bons resultados obtidos no primeiro trimestre. As receitas da empresa totalizaram US$ 4,5 bilhões, representando um avançou de 19% frente a igual período do ano anterior e a carteira de pedidos firmes atingiu US$ 21,1 bilhões, a maior em sete anos. A companhia também registrou o maior número de vendas, entregas e receitas (US$ 1,2 bilhão) para o período na aviação executiva.

Segundo o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, a empresa ainda tem um sólido cronograma de entregas para sustentar o crescimento das receitas nos próximos anos, sobretudo após o acordo com a American Airlines, que anunciou a encomenda de 90 aeronaves do modelo E175, com 43 direitos de compra adicionais. “Isso demonstrou um potencial ainda forte para esse modelo de aeronave no mercado americano”, diz Gomes Neto.

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A empresa também reforçou a importância da parceria com a Royal Jordanian, que prevê a entrega de duas aeronaves E195-E2 – o acordo geral engloba a encomenda de oito aeronaves, mas seis serão entregues a partir da Azorra, companhia de leasing norte-americana.

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“Temos atualmente campanhas de vendas concretas para mais de 200 aeronaves em todo o mundo, tanto para as nossas famílias de jatos E1 como E2, bem como para as nossas aeronaves militares”, diz o executivo.

Receita recua na área de defesa

A área de defesa e segurança, no entanto, foi impactada, segundo o CEO, pela fricção persistente na cadeia de suprimentos, que atrasou a produção das unidades C-390 e levou a um declínio na margem bruta no primeiro trimestre do ano. A receita neste segmento totalizou US$ 400 milhões, queda de 21% frente a igual período do ano anterior.

“Observamos melhorias na cadeia de suprimentos de 2022 para cá, mas ainda há desafios em componentes específicos que estão limitando a nossa produção e causando atrasos. Não estão entregando as peças dentro do prazo, então tivemos de fazer alguns ajustes no nosso cronograma de produção, o que acaba afetando nossa produtividade e colocando em risco algumas entregas”, apontou Gomes Neto.

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eVTOL

A Embraer estima que a Eve, sua subsidiária fabricante dos eVTOLs, o modelo de “carro voador” da empresa, deverá ganhar corpo nos próximos trimestres. Em 2024, a estimativa é investir entre US$ 130 milhões e US$ 170 milhões no projeto. “Já selecionamos mais de 90% dos fornecedores de componentes e concluímos com sucesso um teste de gerenciamento de tráfico aéreo urbano.

A empresa está no caminho certo para realizar as próximas etapas de desenvolvimento: a conclusão da montagem do primeiro protótipo, os testes iniciais, e a definição de sua base de certificação”, disse Gomes Neto. “Também iniciamos a definição da configuração de nossa fábrica de eVTOL.”