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Elfa Medicamentos contrata Laplace para conduzir reperfilamento da dívida

Foco da renegociação seria dívida de R$ 750 milhões em debêntures 

Lucinda Pinto

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A Elfa Medicamentos, distribuidora de produtos farmacêuticos e materiais hospitalares, contratou a Laplace Finanças para conduzir a negociação com credores e reperfilamento de sua dívida,  apurou o IM Business.

O que está em questão é uma debênture no valor de R$ 750 milhões, emitida em 2022 e com prazo de seis anos. Segundo fontes, o papel está sendo negociado com muito desconto — a cerca de 60% do valor de face — no mercado secundário, o que denota uma visão negativa por parte dos investidores.  Hoje (15), representantes da Laplace se reuniu com credores para discutir preços e prazos da dívida, dizem interlocutores. Mas, até aqui, não há sinal de um acordo, segundo gestores que participaram do encontro.

Operação da Elfa Medicamentos (Grupo Elfa/Divulgação)

Desde 2014, a Elfa é uma investida do Pátria Investimento, que já havia feito um aporte em julho deste ano no valor de R$ 650 milhões, seis meses após ter injetado R$ 253 milhões na companhia.

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O aumento de juros tem castigado o resultado financeiro da companhia nos últimos meses, que já vem lidando com uma agenda de gestão e caixa e renegociação de dívidas. No terceiro trimestre, o resultado financeiro foi negativo em R$ 108 milhões, um aumento de 13,7% quando comparado a igual período do ano passado. A dívida bruta da Elfa estava em R$ 1,829 bilhões, sendo R$ 622 milhões com vencimento no curto prazo.

O desempenho financeiro é apontado pela empresa como a principal razão para o prejuízo de R$ 111 milhões acumulado nos primeiros nove meses do ano.

Em meados de julho, especulou-se no mercado uma fusão ou eventual aquisição da Elfa pela listada Viveo, o que poderia criar uma gigante na área de distribuição de medicamentos e aderente ao plano de crescimento da Viveo. À época, o CEO da companhia, Leonardo Byrro, não confirmou e nem desconsiderou a hipótese, dizendo que o racional do negócio poderia fazer sentido.

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Procurado, o grupo Elfa afirmou que “todas as movimentações da companhia são compartilhadas com o mercado no seu devido tempo, por meio dos canais adequados de comunicação.”

Lucinda Pinto

Editora-assistente do Broadcast, da Agência Estado por 11 anos. Em 2010, foi para o Valor Econômico, onde ocupou as funções de editora assistente de Finanças, editora do Valor PRO e repórter especial.