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Brasil colhe 55 milhões de sacas de café em 2023; aumento de 8%

Última estimativa da Conab indica maior produção de arábica e corte na oferta de conilon

Alexandre Inacio

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O Brasil deve colher pouco mais de 55 milhões de sacas de café em 2023. A nova estimativa da Conab é 8% maior que a produção realizada em 2022 e 1,3% superior ao número apontado no terceiro levantamento, apresentado em setembro.

O aumento da oferta de café é proveniente da maior produção da variedade arábica. A Conab projeta um crescimento de 6,8% na oferta de arábica ante o ano passado, para 38,9 milhões de sacas. Assim, a variedade passa a representar 70,6% da oferta de café do Brasil.

Produção de café no Brasil nos últimos 10 anos

No caso do café conilon, a produção brasileira deverá encolher 11,2% em 2023, para 16,2 milhões de sacas. A variedade será responsável por 29,4% de toda a oferta nacional.

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Mesmo no ciclo de baixa da bienalidade da lavoura, a produção brasileira será maior que a registrada no ano passado. Isso é reflexo da baixa disponibilidade de chuvas registrada em 2022, bem como longos períodos de estiagem e altas temperaturas nas regiões produtoras.

“Em 2023, o aumento da produção permitiu a recuperação da oferta interna, no entanto a exportação cresceu de modo mais significativo somente a partir de agosto. Restando apenas um mês para o encerramento de 2023, a exportação tende a se aproximar do volume de 2022”, diz a Conab. Só em novembro, as exportações brasileiras de café cresceram 15%.

Neste ano, a área em produção cresceu 1,8% sobre 2022 e ocupou 1,87 milhão de hectares. Já a área em formação recuou 9,5%, para 361,6 mil hectares.

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Assim, a área total no Brasil ocupada por lavouras de café chegou a 2,23 milhões de hectares, praticamente estável em relação aos 2,24 milhões do ano passado.

O maior corte na área aconteceu em São Paulo. Terceiro maior produtor nacional, o Estado erradicou no fim de 2022 os cafezais mais antigos e também aqueles que enfrentaram problemas climáticos nos dois últimos ciclos de produção

“Um exemplo disso foi visto na região de Franca, que possui uma cafeicultura altamente tecnificada e que, tradicionalmente, em safras de baixa produção fazem uma poda radical em suas lavouras visando melhorias nos ciclos seguintes”, diz a Conab.

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