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Arbitragem contra Americanas soma R$ 32 bi, diz entidade

Valor total demandado prevê o pagamento da diferença, estimada em R$ 12 bilhões, a todos os acionistas da companhia

Reuters

Fachada da Americanas (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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A demanda feita contra a rede varejista Americanas (AMER3) em uma arbitragem apresentada pelo Instituto Empresa, que reúne cerca de 500 investidores, atingiu o valor de R$ 32 bilhões, afirmou o instituto em comunicado nesta segunda-feira.

A entidade, que atua como substituto processual representando centenas de investidores, solicita o ressarcimento integral dos prejuízos causados pelas fraudes contábeis na Americanas.

O valor total demandado prevê o pagamento da diferença, estimada em R$ 12 bilhões, a todos os acionistas da companhia, e em especial aos acionistas requerentes que se agregarem à demanda, em montante a ser apurado entre o valor pago com base em informações incorretas e o preço correto depurado, além dos elementos de distorções no preço das ações da Americanas, segundo a entidade.

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“Tudo que a companhia divulga é de sua responsabilidade direta, porque impacta na formação do preço dos ativos no mercado secundário e nas transações dos investidores. No caso da Americanas, o mercado acreditou em balanços, números e em dados que eram confessadamente falsos”, disse o presidente do Instituto Empresa, Eduardo Silva, em nota.

“A decisão do investidor, seja uma pessoa física, seja um fundo de investimento, foi viciada, uma vez que tomada com base em premissas inverídicas.”

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O Instituto Empresa também solicita na arbitragem a condenação dos controladores a indenizar a companhia em pelo menos 20 bilhões de reais por alegados danos sofridos com a fraude contábil, além da devolução de despesas administrativas.

A crise da Americanas veio à tona no início de 2023, quando a empresa revelou ao mercado inconsistências contábeis da ordem de mais de 20 bilhões de reais, levando a varejista a entrar em um processo de recuperação judicial.

Estudos produzidos pela própria companhia apontaram que as inconsistências eram na verdade fraudes contábeis cometidas por ex-funcionários da rede varejista.

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