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Após queda no primeiro trimestre, SLC sai em busca de recuperação de margens

Companhia não registrava margem abaixo de 40% entre janeiro e março desde 2021

Alexandre Inacio

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Com uma expectativa de preços estáveis para a soja, produtividades dentro da normalidade e custos de produção em queda, a SLC Agrícola (SLCE3) trabalha agora para devolver suas margens aos patamares históricos.

No primeiro trimestre do ano, a companhia registrou margem Ebitda de 36%, em queda de 8,6 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2023. A SLC não registrava margem abaixo de 40% em um primeiro trimestre desde 2021.

Agora, a expectativa é que já na safra 2024/25, que começará a ser plantada em setembro, os patamares históricos sejam alcançados novamente. A aposta da SLC é na redução dos custos de produção, principalmente nos fertilizantes e defensivos.

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Historicamente, os resultados da SLC no primeiro trimestre refletem o desempenho das lavouras e dos preços da soja. A queda de 17% na rentabilidade das plantações na safra 2023/24 e a retração dos preços no mercado internacional tiveram impacto direto no balanço da SLC.

“Considerando os preços atuais, uma produtividade normal e a queda dos insumos, nossas margens tendem a voltar aos patamares históricos”, disse Aurélio Pavinato, CEO da SLC, em teleconferência com analistas e investidores.

Aurélio Pavinato, CEO da SLC Agrícola (Foto: Ricardo Jaeger/Divulgação)

Para os próximos trimestres do ano, a aposta da companhia está no algodão. A SLC ainda tem praticamente metade da sua produção para comercializar. A outra metade já tem preço médio fixado a 86,40 centavos de dólar por libra-peso.

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Segundo Pavinato, o clima nos primeiros três meses do ano foi muito positivo para a segunda safra da pluma. Se as chuvas contribuírem durante o mês de maio, a expectativa é que os rendimentos das lavouras possam superar as 130 arrobas por hectare estimadas pela companhia.

Oportunidades de crescimento

No fim de abril, a SLC anunciou a adição de 18,7 mil hectares na joint venture que possui desde 2013 com a Agro Penido. A parceria contava, até então, com 19,8 mil hectares e passou a somar 64,2 mil hectares, considerando o plantio de duas safras.

Apesar do incremento, Pavinato não descarta a possibilidade de adicionar novas áreas ao portfólio da SLC ainda neste ano. “Anos de margens menores como este também representam oportunidades para crescer. Estamos animados com a perspectiva de crescimento”, disse o executivo, deixando no ar a possibilidade de novos anúncios pela frente.

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Contudo, para que as áreas sejam incorporadas ainda para a safra 2024/25, existem certas condições. A primeira é que sejam áreas maduras – ou seja, já estejam aptas para o plantio. A segunda: os negócios precisam estar fechados até o fim do primeiro semestre.

“Novos projetos que envolvam a conversão de pastagens exigem investimentos iniciais para serem incorporados. Nesses casos, não daria tempo de incorporar para o próximo plantio. De qualquer forma, trabalhamos com a perspectiva de incorporar novas áreas ainda neste ano”, disse Pavinato.