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Após prejuízo trimestral, Raízen vê 2024/25 como a safra da virada

Empresa espera reduzir investimentos, despesas financeiras e gerar caixa com projetos de etanol 2G

Alexandre Inacio

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Depois de encerrar o quarto trimestre de seu exercício 2024 com prejuízo líquido de R$ 178 milhões, ante lucro de R$ 2,5 bilhões no mesmo período do ano-fiscal anterior, muito por conta da queda dos preços do etanol, a Raízen (RAIZ4) espera preços mais atrativos para o biocombustível nesta safra 2024/25, que começou em abril.

Ainda que a paridade dos preços da gasolina praticada pela Petrobras seja vista como incerta e um risco para o etanol, a Raízen enxerga um cenário de demanda mais aquecida pelo biocombustível, com valores melhores.

Além de preços menores para o etanol no início do ano passado, os resultados do exercício 2024 foram influenciados também pelo aumento das despesas financeiras, por gastos com renovação de arrendamentos e pelo menor volume de recuperação de créditos tributários.

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“Nunca estivemos em uma posição operacional e agrícola tão boa. Vemos este ano como o ano da virada para a Raízen”, disse o CEO da companhia, Ricardo Mussa, em conversa com jornalistas.

Parte do otimismo do executivo decorre da expectativa de bons preços do açúcar no mercado internacional, da recuperação dos preços do etanol no Brasil, da redução dos investimentos e da diminuição das despesas financeiras.

A primeira usina de etanol de segunda geração (2G) da Raízen entrou em operação no fim de 2023, em Guariba (SP). Outras duas plantas semelhantes devem iniciar as atividades até o fim do ano. Com isso, os projetos começarão a gerar caixa e favorecer os indicadores esperados pelo mercado.

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A companhia anunciou um guidance para seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no ciclo 2024/25. A empresa sinalizou que espera elevar seu resultado em 14%, para um intervalo entre R$ 14,5 milhões e R$ 15,5 milhões.

A entrada em operação das novas usinas de etanol 2G vai reduzir a necessidade de investimento. A expectativa é que o Capex para a nova safra será 13% menor, ficando entre R$ 10,5 milhões e R$ 11,5 milhões. “Vamos começar a colher os resultados daquilo que plantamos nos últimos três anos”, disse Mussa.