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A combinação de negócios entre os provedores regionais de internet Vero e Americanet criou a quinta maior operadora de banda larga fixa do país em número de assinantes. A empresa terminou 2023 com uma base de 1,344 milhão de clientes e receita líquida de R$ 1,58 bilhão. Desde o começo deste mês, passou a trabalhar apenas com a marca Vero, que ganhou uma nova identidade visual. E agora, com oito meses de fusão aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), anuncia um novo portfólio que abre espaço para crescimento em internet móvel.
Quando as duas empresas se juntaram, a Vero passou a contar com a estrutura de operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês) da Americanet. Nesse modelo de operação, o provedor utiliza a infraestrutura de terceiros – nesse caso, a rede da TIM – o que dispensa a necessidade de fazer altos investimentos em torres ou antenas.
O serviço móvel da Americanet já abrangia mais de 200 cidades do interior São Paulo e de Estados da região Centro-Oeste. Agora, vai começar a ser disponibilizado em Florianópolis (SC) e região metropolitana, área de atuação original da Vero, em um primeiro momento. Até o final do ano, a empresa combinada espera levar o móvel para todas as 425 cidades onde está presente hoje.
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“Nossa estratégia não é atuar em mar aberto com um serviço, por exemplo, de pré-pago. […] Queremos atuar com esse tipo de produto muito focado em nossa base de clientes. Temos 1,35 milhão de assinantes de banda larga e, nessas residências ou negócios, impactamos algo próximo de 4,5 milhões de pessoas”, afirmou Fabiano Ferreira, CEO da Vero, ao IM Business. “Queremos aproveitar que já estamos na casa do cliente, no negócio dele, e ir além do serviço de conexão”.
No portfólio pós-fusão com a Americanet, a Vero passa a oferecer o Wi-Fi 6, uma das mais novas tecnologias de rede sem fio disponíveis no mercado. Além disso, a empresa fechou parceria com o Google para incorporar o Youtube Premium e o Youtube Music aos planos de banda larga de maior valor, que também podem ser associados à telefonia móvel. Na estratégia da “nova Vero”, o streaming ganhou mais relevância.
A oferta de serviços no B2B, outro filão no qual a Americanet atuava, também foi ampliado. Além da internet fixa de alta velocidade, a Vero vai oferecer possíveis combinações com produtos de dados, soluções de TI, revenda de licenças, locação de equipamentos e, novamente, planos móveis com 5G.
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Investimentos em expansão
Sem cravar uma cifra, o CEO da Vero diz que a empresa deve fazer investimentos robustos em infraestrutura, visando a redução do churn (taxa de cancelamento), que terminou 2023 em 1,8%. “A gente quer trabalhar para que esse número fique entre 1,3% e 1,4% com o passar dos anos”, afirma Ferreira. De acordo com o executivo, tanto faz se essa infraestrutura for própria ou de terceiros. “Somos agnósticos nesse sentido”.
A Vero já tinha um contrato para uso da rede neutra da V.tal, empresa de infraestrutura nascida dos ativos da Oi, e renovou o acordo após a fusão com a Americanet. Com isso, chegou à Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, e somou 7,5 milhões de domicílios passados à sua base.
“Se a gente entender que vale pena crescer para outras cidades usando rede própria, vamos fazer”, afirmou. A empresa possui ao menos 50 mil km de rede própria em fibra óptica que veio da Americanet. Porém, o CEO também não descarta que a Vero do futuro seja uma empresa sem infraestrutura, totalmente apoiada em rede neutra.
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A Vero e a Americanet haviam feito 46 aquisições antes da fusão e o surgimento de uma nova empresa não reduziu o apetite por M&As. Ferreira admite que a operadora está de olho na base de clientes da Oi Fibra, a ClientCo, e mantém “conversas periódicas” dentro de seu pipeline de fusões e aquisições.
“Temos que entender e avaliar qualquer movimento que seja relevante dentro do setor”, afirma o CEO da Vero.
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