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Ambipar surfa onda da Klabin para alavancar biofertilizantes

Empresa de serviços ambientais vendeu 500 mil toneladas em 2023 e está investindo R$ 20 milhões para agregar valor ao produto

Alexandre Inacio

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A compra dos ativos florestais da Arauco pela Klabin (KLBN11) por US$ 1,16 bilhão no fim do ano passado vai alavancar o negócio de biofertilizantes da Ambipar (AMBP3). Parceiras há quase uma década, o que é resíduo para uma, serve de insumo para a outra.

Os 85 mil hectares de florestas adquiridos pela Klabin representam aproximadamente 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé. Ao serem transformadas em papel e celulose, a matéria-prima vai gerar um volume significativo de resíduos que serão transformados em fertilizantes pela parceira.

No ano passado, a Ambipar aumentou em 25% sua produção de fertilizantes orgânicos, para 500 mil toneladas. A empresa não fala em uma projeção para 2024, mas reconhece que a quantidade de matéria-prima para a produção é animadora.

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“Vamos surfar esse movimento do mercado. Investimos cerca de R$ 40 milhões nos últimos dez anos para construir nossas fábricas e agora estamos investindo para agregar valor ao fertilizante que produzimos”, disse Gabriel Estevam Domingos, head de inovação da Ambipar, ao IM Business.

Gabriel Estevam Domingos, Head de Inovação da Ambipar (foto: Caue Diniz/Divulgação)

Segundo o executivo, a companhia está investindo R$ 20 milhões na construção de uma fábrica no Paraná, que produzirá fertilizantes organominerais. A ideia é adicionar os minerais já conhecidos dos agricultores ao fertilizante orgânico desenvolvido pela companhia.

A nova unidade já está em construção. A expectativa da companhia é que ela entre em operação dentro dos próximos 12 meses, com a chegada dos últimos equipamentos e a liberação das licenças pelos órgãos reguladores.

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Hoje, a Ambipar possui três unidades de produção de fertilizantes biológicos. A mais antiga, dentro da unidade da Klabin, no Paraná. As outras duas estão em São Paulo e Santa Catarina, onde a companhia tem parcerias com as americanas Sylvamo e WestRock.

Mesmo com a oferta adicional de matéria-prima que a aquisição da Klabin deve gerar, a Ambipar mira novas parcerias. Segundo Domingos, a companhia já mantém conversas com o chileno CMPC – com uma unidade no Rio Grande do Sul –  e com a indonésia Bracell, com fábricas em São Paulo e Bahia.

O interesse da Ambipar no mercado de insumos agrícolas biológicos não é por acaso. Nos últimos quatro anos, as vendas do segmento cresceram 60% no Brasil, muito acima da média mundial, de 15%. 

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Apenas em 2023, o faturamento do setor avançou quase 50% e se aproximou de R$ 4,5 bilhões. A expectativa é que chegue a R$ 17 bilhões ao fim desta década.

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