Entregadores de aplicativo anunciam greve nacional por melhores condições e reajuste

Mobilização entre 31 de março e 1º de abril deve reunir até 1,8 milhão de profissionais em todo o país

Marina Verenicz

Entregador do iFood (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Entregador do iFood (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Entregadores de aplicativo de todo o Brasil anunciaram uma greve nacional entre os dias 31 de março e 1º de abril, para reivindicar melhores condições de trabalho e reajustes na remuneração. A mobilização é organizada por associações e coletivos da categoria e pode envolver até 1,8 milhão de entregadores e mototaxistas.

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Entre as principais demandas estão:

Além das reivindicações econômicas, os organizadores também denunciam práticas antissindicais, como incentivos financeiros oferecidos por empresas para desestimular a adesão ao movimento.

Debate institucional em andamento

A paralisação ocorre em meio a um contexto de debates sobre a regulamentação do trabalho por aplicativos. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) já finalizou o relatório do projeto de lei complementar 12/2024, que mantém a categoria como profissão autônoma, sem vínculo empregatício pela CLT.

O texto foi construído ao longo de dez meses de negociação entre governo, empresas e representantes dos trabalhadores, e enviado ao Congresso em fevereiro. O projeto prevê:

O tema também está sob análise no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve julgar ações sobre a natureza jurídica do trabalho em aplicativos, incluindo discussões sobre vínculo empregatício e direitos trabalhistas.