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Quem fica de fora do 2º turno: Alckmin, Bolsonaro ou Haddad? Analistas respondem

Confira neste artigo as previsões de Carlos Andreazza (Jovem Pan), Ricardo Ribeiro (MCM Consultores), Filipe Martins (Senso Incomum) e a minha (Alan Ghani, InfoMoney) de quem irá para o 2º turno. 
Por  Alan Ghani
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Sem dúvida, esta eleição é uma das mais imprevisíveis dos últimos tempos. Com cinco candidatos competitivos – Jair Bolsonaro, Fernando Haddad (o provável candidato), Marina Silva, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes – fica difícil fazer uma previsão de quem irá para o 2º turno. Diante desta incerteza, conversei com três analistas políticos que fizeram suas previsões (ao final, darei o meu “pitaco” também), as quais trago neste artigo com exclusividade para o InfoMoney.

Carlos Andreazza, comentarista político da Jovem Pan, entrevistado por mim no InfoMoney (aqui), aposta que o cenário de maior probabilidade para o 2º turno seja entre PT x PSDB (Alckmin x Fernando Haddad). Andreazza acredita que o tucano irá para a disputa impulsionado pela máquina partidária e pela aliança com o “centrão”, as quais lhe renderão capilaridade, tempo de TV e palanque, elementos ainda importantes numa disputa eleitoral, de acordo com a sua análise. Do lado petista, Andreazza aposta que Lula será capaz de transferir votos suficientes para colocar o ex-prefeito de São Paulo no 2º turno.  Para o comentarista da Jovem Pan, Bolsonaro x Haddad seria o segundo cenário mais provável, enquanto Alckmin x Bolsonaro, a disputa menos provável. O analista não trabalha com a possibilidade de Marina ou Ciro irem para o 2º turno.

Ricardo Ribeiro, analista da MCM Consultores – uma das principais consultorias macroeconômicas do Brasil – também aposta na velha polarização entre PT e PSDB. Ao ser questionado sobre as derrotas sofridas pelo PT na eleição para prefeito em 2016, o analista da MCM afirma que naquela ocasião estávamos no auge do impeachment e, agora, a situação seria diferente. Para o analista político, a lenta recuperação econômica do Brasil, os desgastes do governo Temer e a própria popularidade de Lula serão elementos capazes de colocar Haddad no 2 º turno. Para reforçar a sua análise, Ribeiro diz que a pesquisa Ipespe (agosto/18), contratada pela XP Investimentos, mostra que Haddad salta de 3% para 13 %, quando, no questionamento, é apoiado por Lula.

Já o analista político Filipe Martins (Senso Incomum), também entrevistado aqui no InfoMoney, acredita na disputa entre o candidato do PT e Bolsonaro. Filipe Martins, que acertou o resultado das eleições americanas em 48 estados, analisa que a própria popularidade de Bolsonaro (líder das pesquisas até agora), bem como sua força nas redes sociais, levarão o deputado para o 2º turno.

Por fim, acredito que o 2º turno se dará entre Alckmin x Bolsonaro. Concordo com Carlos Andreazza e Ricardo Ribeiro que a estrutura partidária e as alianças do ex-governador de São Paulo serão suficientes para colocá-lo no 2º turno. Por outro lado, concordo com Filipe Martins que as redes sociais é um elemento novo nesta eleição, capaz de levar Bolsonaro para o 2 turno, além, de sua própria popularidade. Em relação a Fernando Haddad, creio que ele estará fora do 2º turno, porque Lula não terá todo este poder para transferir votos para o ex-prefeito de São Paulo. Acredito que, com Lula preso, essa transferência ficará prejudicada. Além disso, analiso que as eleições municipais de 2016 é um indicativo da perda de força do PT para 2018. É verdade que a pesquisa Ipespe mostrou transferência de votos de Lula para Haddad; mas, por outro lado, o DataFolha (outubro de 2017) aponta que boa parte dos votos de Lula iriam para Bolsonaro (o voto “Bolsolula”). Posso estar enganado, mas apostaria que os votos de Lula se dissipariam entre Haddad, Ciro, Marina e Bolsonaro, sem se concentrar necessariamente em apenas num deles.

Em suma, será que predominará a velha polarização PT x PSDB, como apostam Andreazza e Ricardo Ribeiro, ou as variáveis da equação mudaram como prevê Filipe Martins?

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Alan Ghani é economista, PhD em Finanças e professor de pós graduação.

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Alan Ghani É economista, mestre e doutor em Finanças pela FEA-USP, com especialização na UTSA (University of Texas at San Antonio). Trabalhou como economista na MCM Consultores e hoje atua como consultor em finanças e economia e também como professor de pós-graduação, MBAs e treinamentos in company.

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