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O catarinense Rafael Bortolotti tem apenas 24 anos e já tem sob custódia um patrimônio de R$ 155 milhões. O rápido sucesso do assessor reforça a estratégia de formação de novos talentos, que tem ganhado força no mercado. Aliás, a presença deste jovem profissional no segmento se deve – indiretamente – a um outro incentivo que recebeu no passado.
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Natural de Palmitos (SC), Bortolotti jogou vôlei dos oito aos dezessete anos, chegando a disputar campeonatos estaduais e conquistar títulos. No período, contava com o auxílio do Bolsa Atleta, programa do governo federal que oferece ajuda financeira para o treinamento de atletas de alto desempenho. No caso do hoje assessor de investimentos, o apoio serviu mais como um gatilho para o que seria a sua profissão no futuro.
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“Antes de abandonar o vôlei, eu tinha um dinheiro guardado do Bolsa-Atleta e queria fazer alguma coisa para aquele recurso crescer”, relembra. “Fiz um curso sobre mercado financeiro, me interessei e isso foi o gatilho para ingressar nesta área”, conta.
Não seria para menos. Bortolotti conta que o primeiro investimento que fez foi nas ações da Weg (WEGE3), que carrega até hoje com um preço médio equivalente a R$ 9,27. Atualmente, o papel está cotado na casa dos R$ 46.
Estimulado pela ótima “jogada”, cursou administração, conseguiu o primeiro emprego e, mais tarde, em setembro de 2021, chegou a Nippur Finance, escritório em que construiu os números atuais sob custódia. O resultado, afirma, deve ser atribuído à formação inicial que recebeu na casa.
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“Eu atribuo 100% do meu desempenho atual ao processo de formação que encontrei”, reforça. “Eu não teria nem a parte técnica e nem a comercial, que são fundamentais no meu dia a dia. Se não fosse esta base que recebi, não seria o profissional que sou hoje”, explica Bortolotti.
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Escritórios apostam na formação dos assessores
Se uma boa formação pode fazer a diferença no sucesso do profissional, o mesmo vale para as assessorias, sinaliza Zyg Vesoloski, sócio-fundador e head comercial da Nippur Finance, que conta com 13 escritórios no Sul do País e tem cerca de R$ 7 bilhões sob custódia atualmente.
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“No começo, seguimos o padrão de buscar bancários com boas carteiras de cliente para os nossos times, mas com o tempo houve uma escassez destes profissionais e os escritórios tiveram de se reinventar”, contextualiza. “Desta forma, começamos a olhar para outras áreas e principalmente para a parte de formação”, complementa.
Pensando nesta demanda, a Nippur desenvolveu um modelo de formação e um plano de carreira que pode chegar a 36 meses, conta Vesoloski.
Segundo ele, o programa conta com mentorias e treinamento de habilidades técnicas, comerciais e até de autoconhecimento do assessor. Além disso, um suporte auxilia o profissional em momentos mais desafiadores, acrescenta.
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Ao longo do processo de formação, o assessor recebe bonificações de acordo com seu desenvolvimento, que reflete em benefícios para toda a empresa, diz Vesoloski.
“Quando você traz um profissional de mercado com vícios e crenças limitantes, atrapalha um pouco a implementação da cultura na empresa”, explica. “E hoje, graças à formação que proporcionamos, as 13 filiais da Nippur oferece, por exemplo, a mesma qualidade de atendimento e isso é muito gratificante”, afirma.
O mercado de assessores de investimentos fechou o primeiro semestre de 2024 com 25.897 profissionais, aponta relatório mensal da ANCORD (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias). A expectativa é que este número possa dobrar nos próximos três anos.