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SÃO PAULO – Renan Calheiros discursou nesta terça-feira (4), véspera da votação do relatório que pede a cassação de seu mandato no Conselho de Ética, para rebater todas as denúncias de que é acusado. O senador afirmou que após 100 dias de investigações ninguém conseguiu comprovar nenhuma acusação contra ele.
O presidente da Casa também aproveitou a ocasião para defender a votação secreta no Conselho, apesar de afirmar que não vai interferir na decisão dos senadores, que na última semana aprovaram o voto aberto no relatório contra o senador.
Renan disse que, apesar de discordar da decisão do Conselho, não irá usar das prerrogativas de seu cargo para reverter a decisão. “Não preciso lançar mão de expedientes condenáveis nem submeter ao prestígio do cargo para confirmar a minha inocência”, afirmou.
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Nova denúncia
O senador também desmentiu a mais recente denúncia de envolvimento em um esquema de desvio e lavagem de dinheiro. Segundo Renan, o fato é “inteiramente falso” e não teve o seu valor acolhido pela Justiça.
No entanto, o PSOL decidiu nesta terça-feira pedir a inclusão das novas denúncias contra o presidente do Senado em outro processo já em tramitação no Conselho de Ética da Casa.
O requerimento vai pedir o aditamento da nova investigação no processo que analisa o envolvimento de Renan com a cervejaria Schincariol. Caso o Conselho de Ética não acate o requerimento, o partido vai protocolar outra representação contra o senador na Mesa Diretora do Senado.