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SÃO PAULO – Após seis meses de denúncias, o senador Renan Calheiros renunciou na tarde desta terça-feira (4) à presidência do Senado. Em discurso, lido da tribuna do plenário, o parlamentar disse que não pediu a renúncia no início da crise porque poderia estar sugerindo uma aceitação das “infâmias e das inverdades” contra ele.
A renúncia foi anunciada durante sessão de discussão e votação de relatório do Conselho de Ética que recomenda a perda de mandato de Renan por quebra de decoro parlamentar, referente ao processo em que é acusado de ter usado laranjas para a compra de veículos de comunicação em Alagoas.
Sucessão
Pelo regimento do Senado, o presidente interino da Casa, Tião Viana, terá cinco dias para convocar novas eleições para o cargo. Por ser o maior partido, a vaga vai continuar com o PMDB. Viana já anunciou que reunirá os líderes partidários na próxima terça-feira (11) para tratar da sucessão.
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O PMDB já tem pelo menos três nomes oficializados para suceder Renan na presidência da Casa. Além de Garibaldi Alves, primeiro que se declarou candidato, Neto Couto e Valter Pereira também devem disputar a vaga.
O líder do partido, Valdir Raupp, já marcou para quinta-feira (6) reunião da bancada para discutir e tentar um nome que seja, “de preferência”, consensual.