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SÃO PAULO – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está agindo para evitar um processo contra ele no Conselho de Ética e usando novamente como arma a eventual abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. E, hoje, o Conselho de Ética da Câmara se encontra para discutir e votar o parecer preliminar referente ao processo contra ele.
Desta forma, o PT e o Palácio do Planalto intensificaram as pressões sobre os deputados Valmir Prascidelli, Zé Geraldo e Leo Brito para que eles votem a favor do deputado.
O deputado Zé Geraldo, aliás, tem uma posição afinada ao Planalto, conforme destacado em entrevista dele à Folha de S. Paulo nesta terça-feira. Zé Geraldo defendeu que os três petistas façam um “sacrifício pelo país” ao tentar evitar que seja iniciado o processo de afastamento de Dilma. Segundo ele, esse seria “o pior do mundos”.
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Para ele, admitir o pedido de cassação criaria uma instabilidade no Congresso e poderia inviabilizar a votação das medidas do ajuste fiscal. “Eu defendo a reflexão que devemos votar pelo país, não pelo Cunha. Não acreditamos no Cunha, mas o que pode acontecer no país amanhã pode ser o pior dos mundos”, afirmou ao jornal.
O colegiado do Conselho de Ética tem 21 deputados e, para que o processo avance, é preciso maioria simples. Cunha teria nove votos a favor dele, ou seja, os três votos dos petistas são cruciais para determinar o prosseguimento ou não do processo no Conselho de Ética. Os petistas se reunirão antes da votação para definir uma posição em conjunto.
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