Cade estuda remédios para fusão de Fibria e Suzano, retomada de refinaria da Petrobras e outras notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo desta sexta-feira

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Petrobras se prepara para retomar operações em sua maior refinaria após um incêndio, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) avalia remédios para a aprovação da fusão de Suzano e Fibria, recomendações de compra de ações e outras notícias. Confira os destaques do noticiário corporativo desta sexta-feira (24).

Petrobras (PETR; PETR4)

A Replan, maior refinaria da Petrobras, situada em Paulínia, no interior de São Paulo, retomará parcialmente as suas operações na sexta-feira, afirmou à Reuters o diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) Aurélio Amaral.

Aegundo a agência, foram aprovados pagamentos a quatro empresas, mas os pagamentos para a Petrobras, que deverá ter os maiores valores a receber, ainda dependem da conclusão da análise da documentação, que está em fase final da primeira fase do programa.

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Segundo nota da Petrobras, uma unidade de destilação e um craqueador catalítico afetados pelo fogo permanecem fechados. De acordo com a estatal, o retorno dessas unidades permitirá a retomada de cerca de 50% da capacidade de produção da refinaria, que é de 415 mil barris de derivados de petróleo. A Replan já retomou as entregas de produtos para distribuidores de combustíveis e a Petrobras tem estoque suficiente de combustível e produção de outras refinarias para atender a demanda dos clientes. 

A companhia comprou seis cargas de diesel com baixo teor de enxofre após o incêndio, com entrega para setembro, segundo pessoas a par da situação, informou a Bloomberg. 

Sobre a política de preços, a ANP diz que pediu mais dados à Petrobras para a subvenção do diesel.

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Suzano (SUZB3) e Fibria (FIBR3)

A área técnica do Cade espera que a fusão entre Suzano e Fibria seja aprovada, mas com imposição de remédios, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que cita pessoas não identificadas próximas da situação. Entre os segmentos que estão sendo acompanhados estão atividade florestal, comercialização de madeira e geração e de energia elétrica. 

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CSN (CSNA3)

A CSN anunciou um novo aumento do preço do aço em 10,25%, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. O aumento entrará em vigor em 3 setembro para os segmentos de aço plano, longo e folhas metálicas. “Anunciado na conferência de resultados do segundo trimestre, o aumento já era esperado, mas a reação pode ser marginalmente positiva”, avalia o time da XP Research.

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Segundo o vice-presidente comercial da siderúrgica, Luis Fernando Martinez, mesmo com o aumento deste mês, o diferencial do preço do aço nacional em relação ao importado está negativo em 6% atualmente. 

Usiminas (USIM5)

A Usiminas colocou sua participação em mineradora Musa à venda. De acordo com fato relevante, a siderúrgica contratou o BTG Pactual para vender a participação de 70% que possui na Mineração Usiminas (Musa). A transação pode chegar a pelo menos R$ 1 bilhão, segundo fontes.

“Se concluída, vemos as notícias como positivas e mantemos nossa classificação de compra na ação”, afirma os analistas da XP Research em relatório.

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Bancos: Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander (SANB11) e Itaú Unibanco (ITUB4

A XP Research divulgou relatório em que destaca a preferência pelas ações de Bradesco no setor bancário e recomenda compra para os papéis da empresa, estimando um preço-alvo de R$ 40, o que implica em potencial de alta de 42,5% em relação ao último pregão.

De acordo com a equipe de análise, o Bradesco está negociando a um desconto de 18,3% versus o múltiplo Preço/Lucro do Itaú. “Vemos uma oportunidade interessante de compra projetando o fechamento desta diferença”, escreve o analista André Martins, que assina o relatório. 

Segundo ele, o Bradesco deve se beneficiar de sua maior exposição ao “rápido crescimento e lucratividade” do portfólio brasileiro de produtos. O analista explica que o desconto refletiu resultados mais fortes do Itaú, mas que já esperam uma reversão e que isso “acelere ao longo dos próximos trimestres”. Martins estima ainda um lucro líquido de 3,5% e 8,3% acima do consenso dos analistas para 2018 e 2019, respectivamente. 

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Com relação aos demais bancos, a XP atribui recomendação neutra para Banco do Brasil e Santander, com preço-alvo de R$ 41 e R$ 40, respectivamente. Assim como Bradesco, Itaú Unibanco também possui recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 55. 

Eletrobras (ELET3)

Segundo o jornal Valor Econômico, a Venezuela está ameaçando interromper o fornecimento de energia na primeira semana de setembro. De acordo com a estatal venezuelana Corpoelec, a Eletrobras deve pagar US$ 30 milhões nos próximos 90 dias. No entanto, ainda segundo o Valor, a discussão em torno deste tema vai muito além da discussão financeira.

Juntamente com isso, considerando que Roraima também está enfrentando uma crise humanitária relacionada a imigrantes venezuelanos, os analistas do Brasil Plural veem a noticia como negativa para a estatal, já que a distribuidora de energia de Roraima (Boa Vista) está entre os ativos de distribuição a serem leiloados pela Eletrobras na próxima semanas. “Vemos este cenário reduzindo o apelo de tal ativo e encontrar interessados para adquirir tais negócios pode ser mais desafiador do que o esperado”, afirmam.

Cesp (CESP6)

A Cesp foi rebaixada a neutra pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 18,50, o que implica potencial de alta de 7,6% em relação ao último fechamento.

Cteep (TRPL4)

A Cteep foi elevada a overweight (acima da média do mercado, o equivalente a compra) pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 78, o que implica potencial de alta de 36% em relação ao último fechamento.

Taesa (TAEE11)

A Taesa foi rebaixada a underweight (abaixo da média do mercado, o equivalente a venda) pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 22, o que implica potencial de alta de 11% em relação ao último fechamento. 

Natura (NATU3)

A Natura teve sua perspectiva alterada de negativa a estável pela S&P, que avalia que o plano de turnaround da The Body Shop está no caminho certo. Segundo a agência de classificação de risco, as operações em outros países da América Latina e o negócio de varejo Aesop tiveram forte crescimento nos últimos  trimestres, o que compensam as margens de crescimento ainda lentas nas atividades domésticas da companhia.

O desempenho da Natura está em linha com as expectativas, segundo a S&P. A perspectiva estável para o rating reflete a avaliação de que riscos decorrentes da reestruturação da The Body Shop diminuíram, o que permitiu que a Natura capturasse sinergias operacionais e gradualmente aumentasse o fluxo de caixa. De acordo com relatório, atividades da Natura no Brasil ainda sofrem com a competição intensa e o câmbio.

Telefônica (VIVT4)

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) decidiu manter a multa de R$ 30 milhões contra a A.Telecom, uma subsidiária da Telefônica flagrada por oferecer serviço de telefonia fixa, sem autorização da agência reguladora. Os valores são referentes a 2012.

Embraer (EMBR3)

O ADR (American Depositary Receipt) da Embraer foi elevada a hold (o equivalente a neutra) pelo Santander, com preço-alvo de US$ 21,60. 

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