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SÃO PAULO – A semana teve um dia a menos por conta do feriado na segunda-feira, mas isso parece ter dado mais tempo para que bancos e corretoras revisassem suas recomendações para diversas empresas da Bovespa. Por coincidência, nos últimos dias a Fitch, após muita espera, também aproveitou para cortar o rating do Brasil e alterar algumas perspectivas das empresas listadas na Bolsa.
O grande destaque ficou com os bancos, que foram revisados pelo Credit Suisse e pelo Citibank, o que afetou fortemente o desempenho destas ações nos quatro pregões desta semana. Confira abaixo as principais revisões de recomendações feitas nos últimos quatro dias:
Bancos
Na terça-feira o Credit Suisse rebaixou a recomendação para as ações do Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3; BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander Brasil (SANB11) e Itaúsa (ITSA4), todos de neutro para underperform (desempenho abaixo da média do mercado), enquanto o Banrisul (BRSR6) teve a recomendação neutra mantida.
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No relatório do Credit, o preço-alvo dos papéis do Itaú foi reduzido de R$ 37,00 para R$ 30,00, o do Bradesco de R$ 35,00 para R$ 26,00, o do BB de R$ 27,00 para R$ 19,00, do Santander de R$ 16,00 para R$ 15,00, da Itaúsa de R$ 10,60 para R$ 8,20 e do Banrisul de R$ 12,00 para R$ 7,00.
Os analistas do banco suíço, Marcelo Telles, Lucas Lopes, Alonso Garcia e Victor Schabbel destacam que a deterioração mais rápida do Brasil em termos macroeconômicos se traduziram numa perspectiva muito mais desafiadora para os bancos brasileiros.
Já na quinta-feira foi a vez do Citi rebaixar a recomendação do Itaú para neutra, enquanto moveu o Banco do Brasil para “alto risco”, embora a recomendação permaneça em neutra. Os analistas revisaram para baixo as estimativas de lucro por ação das instituições em 2016 e 2017.
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Além da recomendação, o Citi cortou o preço-alvo das ações para os próximos 12 meses de todos os quatro bancos de sua cobertura: o target do Itaú Unibanco e Bradesco foi cortado em 25%; do BB, em 23%; e do Santander, em 15%. O preço-alvo do Itaú passou de R$ 39,09 para R$ 29,50; Bradesco PN, de R$ 32,08 para R$ 24,00; BB, de R$ 23,50 par R$ 18,00; e Santander, de R$ 10,25 para R$ 8,75.
Por outro lado, o Bradesco ainda teve sua recomendação elevada de manutenção para compra pelo Deutsche Bank.
CCR
Fora do setor financeiro, a concessionária de rodovias CCR (CCRO3) teve sua recomendação elevada de manutenção para compra pelo Santander. Na mesma linha, o Citi reiniciou a cobertura de CCR com compra, mas cortou o preço-alvo de R$ 17,50 para R$ 16,00.
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Braskem
O Morgan Stanley elevou a recomendação das ações da Braskem (BRKM5) de equal-eweight (desempenho em linha com a média) para overweight (desempenho acima da média), além de aumentar em 61% o preço-alvo da ação, que passou de R$ 15,80 para R$ 25,50. O novo target representa um potencial de valorização de quase 30% para os próximos 12 meses, na comparação com o preço atual da cotação.
Fibria e Suzano
O BTG Pactual revisitou o case de investimentos no setor de papel e celulose depois de uma série de reuniões com executivos das empresas na semana passada. Os analistas seguem otimistas com as ações, recomendando compra para Suzano (SUZB5) e Fibria (FIBR3). O preço-alvo das ações é de R$ 26,00 e R$ 70,00, respectivamente. Segundo eles, a expectativa é que o dólar e o preço de celulose continuem servindo de driver para as ações.
Lojas Americanas
O Citi cortou a recomendação das ações da Lojas Americanas (LAME4) para neutra, após alta de 12% no papel visto em outubro. Segundo os analistas, o plano de crescimento orgânico é bastante ambicioso (800 lojas adicionais até 2019) e oferece um “upside” (potencial de ganho) interessante para a ação. No entanto, a alta da Selic pode pressionar os lucros da varejista (a empresa possui uma dívida líquida de R$ 5,1 bilhões indexadas, principalmente aos juros flutuantes). Preferência para o setor são Pão de Açúcar (PCAR4) e Raia Drogasil (RADL3).
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Sabesp
A Sabesp (SBSP3) foi elevada de underperform para neutra pelo Citi, que aumentou seu preço-alvo para os papéis de R$ 15,00 para R$ 19,20. Segundo os analistas, há uma expectativa de melhores resultados por conta da revisão do ciclo tarifário para 2017-2022. Eles alertam que ainda existem “ventos contrários”, mas que o retorno esperado por esta regulamentação seja maior.
Telefônica Brasil
Já a Telefônica Brasil (VIVT4) foi elevada para equalweight pelo Brasil Plural.
Pão de Açúcar
O Pão de Açúcar (PCAR4) teve sua recomendação cortada pelo Bank of America Merrill Lynch para underperform (desempenho abaixo da média).
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Transmissão Paulista
A Transmissão Paulista (TRPL4) foi rebaixada de overweight (desempenho acima da média) para neutra pelo JPMorgan.