Após ser a pior ação de outubro, OGX lidera ganhos do Ibovespa na semana

Papéis da petrolífera de Eike Batista subiram 8,5% nos quatro pregões dessa semana; na outra ponta, aparecem as ações da Rossi, com queda de 6,4%

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SÃO PAULO – As ações da OGX Petróleo (OGXP3) encabeçaram o ranking comprador do Ibovespa nesta semana mais curta da bolsa, após ter fechado outubro como a pior ação do índice. Na outra ponta, os ativos da Rossi (RSID3) apresentaram a maior perda semanal do índice, dando continuidade ao cenário ruim que as ações da companhia têm vivido.

Os papéis da petrolífera do grupo EBX engordaram 8,46%, entre os dias 29 de outubro e 1 de novembro, indo para R$ 4,87, amenizando parte da forte pressão de venda relatada vivida no mês passado, quando tiveram queda de 23,41%. O declínio apurado nos pregões anteriores tiveram como gatilho a tentativa de blindagem de Eike Batista, presidente do grupo, que firmou contrato de “put” com a própria empresa, comprometendo-se a injetar US$ 1 bilhão no caixa da empresa caso as ações mantenham-se nos baixos patamares atuais. O resultado, contudo, não foi suficiente para estancar a perda de 64,24% desses papéis no ano – o que ainda caracteriza a empresa como a pior dentre as que compõem a carteira teórica do Ibovespa.

O ato é uma tentativa de impedir que a ação continue sua recente trajetória de queda – que o Santander acredita pode fazer o ativo cair até os R$ 2,00. Embora a reação inicial tenha sido negativa, neste momento o mercado parece estar mais seguro quanto à expectativa de injeção de caixa.

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Como a opção de put foi um acordo bilateral entre o controlador e a própria companhia, nenhum dos minoritários poderão aumentar sua participação na companhia, mediante a emissão de novas ações.

Rossi estende perdas
O período de inferno astral continua pairando sobre as ações da Rossi Residencial. As ações da construtora recuaram 8,60%, a R$ 4,25 na semana e agora ocupam o posto de terceira pior performance do Ibovespa no ano, com desvalorização acumulada de 44,84% nesses 10 meses de 2012.

Por conta dos diversos problemas operacionais e financeiros enfrentados pela Rossi, a Ágora está pessimista com o desempenho das ações da incorporadora no curto prazo. “Não temos uma boa avaliação para a ação no curto prazo, tendo em vista o fato de que sua rentabilidade ainda deve continuar pressionada por um longo período de tempo”, afirma o analista José Cataldo, em relatório.

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O desempenho dos ativos, apesar de ser pífio ao longo do ano, aprofundou as perdas a partir de 14 de setembro, quando valiam R$ 6,14. Dentre as ações listadas na Bovespa, a Rossi foi a que mais perdeu valor de mercado no ano. O desempenho dos ativos RSID3 também constrasta bastante com o IMOB, o índice da BM&FBovespa que acompanha as ações dos setores imobiliário e de shopping centers, que acumula alta de 19,63% no ano.