Lucro líquido da Lojas Renner soma R$ 161,6 milhões no 1° trimestre, alta de 45%

Segundo a empresa, o lucro líquido, caso fossem desconsideradas as alterações da adoção da norma IFRS 16, teria avançado 50,8%

Estadão Conteúdo

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São Paulo – A rede varejista Lojas Renner encerrou o primeiro trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 161,6 milhões, resultado 45% superior ao do mesmo intervalo do ano passado, que somou R$ 111,4 milhões.

Segundo a empresa, o lucro líquido, caso fossem desconsideradas as alterações da adoção da norma IFRS 16, teria avançado 50,8%, para R$ 168,1 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado somou R$ 316,3 milhões de janeiro a março, cifra 26,8% superior ao do mesmo intervalo do ano passado.

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A margem Ebitda, por sua vez, avançou 1,4 ponto porcentual, para 19,2%. O Ebitda ajustado considerando apenas as operações de varejo cresceu 49%, para 218,6 milhões, com uma margem de 13,2% (+2,7 p.p.).

Segundo o relatório de administração que acompanha o balanço, o aumento da margem líquida no primeiro trimestre deveu-se basicamente ao melhor resultado operacional, com a expansão do Ebitda total ajustado.

No entanto, também impactou positivamente o resultado líquido do trimestre a menor alíquota efetiva na Realize, braço de serviços financeiros e crédito da empresa, em função da redução CSLL para instituições financeiras, a partir de 1 de janeiro de 2019.

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A receita líquida de mercadorias totalizou R$ 1,650 bilhão no primeiro trimestre, uma expansão de 18% ante o primeiro trimestre do ano passado. Já as vendas no conceito mesmas lojas avançaram 12,7% no período – uma aceleração frente ao ritmo de crescimento de um ano antes, de 6,3%.

O diretor Administrativo e Financeiro e de RI da Renner, Laurence Gomes, afirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a companhia registrou um bom trimestre em termos de vendas, com assertividade na transição da coleção outono-inverno, mesmo observando uma lentidão na retomada econômica.

Contribuiu para o desempenho do primeiro trimestre da varejista o maior fluxo de clientes nas lojas.

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“Temos uma percepção das vendas pelos números de sacolas, das nossas e dos concorrentes, que contamos semanalmente. A Renner tem ganhado fatia de mercado, mas do ponto de vista das vendas, o ideal seria que esse bolo de sacolas crescesse todas as semanas. Com lentidão na atividade econômica, esse número (de sacolas) uma semana está crescendo e na outra caindo”, disse.

Segundo ele, porém, mesmo com o ritmo mais lento, sempre há espaço para ganhos de fatia de mercado.

“É nesse momento que os diferenciais competitivos das empresas aparecem”, resumiu, destacando que a Renner “tem uma visão de longo prazo” e que vem tentando acompanhar as mudanças no padrão de compra dos clientes.

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Sobre o novo governo, ele avalia que ainda “está se acomodando”, mas que vem implementando uma agenda importante de reformas estruturantes.

Em relação ao segundo trimestre, Gomes afirmou que a empresa está preparada para capturar as oportunidades de vendas de duas das principais datas do varejo, o Dia das Mães e o dos Namorados. Ele evitou, porém, dar perspectivas sobre as vendas do período entre abril e junho, mas pontuou que o trimestre começou “dentro do planejado”.

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O executivo destacou que as vendas da companhia por meio da internet vêm registrando um crescimento cinco vezes acima do observado no varejo de moda online.

Segundo ele, cerca de 30% da venda online já é retirada nas lojas físicas, o que gera um efeito duplamente positivo, uma vez a cada retirada, na média, 10% dos clientes fazem uma compra adicional – com a particularidade de que o tíquete chega a ser 20% superior.

“Isso mostra a importância da complementariedade do canal físico com o online”, disse, reforçando que a empresa enxerga ainda muitas oportunidades de aprimoramento da experiência de compra dos clientes, com novos serviços.

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