Petrobras e bancos caem em dia de forte aversão ao risco; Gol afunda mais de 6% com alta do dólar

Confira os principais destaques corporativos desta quarta-feira (27)

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O Ibovespa opera em forte queda nesta quarta-feira (27), recuando 2,28% às 15h52 (horário de Brasília) ao refletir um aumento da preocupação com o futuro da reforma da Previdência e os temores renovados sobre a economia global. 

Entre os destaques da bolsa, Oi despenca mais de 4%, refletindo o prejuízo de R$ 3,3 bilhões no 4º trimestre de 2018 e Natura (NATU3) recua após subir 9,73% no pregão anterior. Com a alta do dólar, a Suzano (SUZB3) avança mais de 1%, enquanto Gol cai mais de 6%.

As estatais e os bancos também registram queda generalizada em meio ao noticiário negativo nacional e internacional, caso de Petrobras (PETR3; PETR4), Eletrobras (ELET3; ELET6) Bradesco (BBDC3; BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú Unibanco (ITUB4). 

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Para ficar de olho

Hoje, após o fechamento do mercado, diversas empresas divulgam seus balanços do 4º trimestre. Os olhos dos investidores estão em Vale (VALE3), que esteve muito presente no noticiário após a tragédia em Brumadinho. Além da mineradora, outras sete empresas divulgam seus resultados, incluindo Eletrobras (ELET3; ELET6).

Confira, abaixo, os principais destaques corporativos desta quarta:

Natura (NATU3)

De acordo com o jornal Valor Econômico, a Natura passará a munir seus revendedores com contas digitais e “maquininhas”. O objetivo é aumentar a produtividade e substituir aos poucos os pagamentos feitos pelos clientes com dinheiro e cheque por cartões e boletos.

Para isso, a Natura fez uma parceria com o Santander para oferecer a um milhão de consultores os serviços de conta corrente digital sem custo, microcrédito, “maquininha” e cartão com funções de crédito e débito. Segundo a reportagem, os testes começam em abril e a implementação deve estar completa em maio.

Na última terça-feira (26), as ações da Natura disparam durante o pregão e fecharam com alta de 9,73%.

Carrefour (CRFB3

Segundo reportagem do Valor Econômico, o Carrefour está mudando sua estrutura para acelerar sua operação digital, visando aumentar ações que unam a operação online e as lojas físicas.

Entre as medidas está a transformação de parte da área de armazenagem dos hipermercados em local para estocar itens que serão vendidos e entregues pelo site; uma espécie de “side store”. A primeira começa a operar neste modelo em abril.

Sul América (SULA11)

A Sul América teve o seu rating elevado para “BB-“, com perspectiva estável pela agência de classificação de risco Fitch.

EzTec (EZTC3)

A EzTec lançou um novo empreendimento residencial na Zona Sul de São Paulo. Chamado “Fit Casa Rio Bonito”, o projeto possui duas torres residenciais, com 560 unidades e áreas entre 27 e 53 metros quadrados. A expectativa de VGV (valor geral de vendas) é de R$ 141,6 milhões.

Suzano (SUZB3)

A Suzano sediou ontem em seu evento anual com investidores em Nova York, anunciando suas projeções de ganhos de sinergia com a combinação da Fibria e da Suzano, com NPV (valor presente líquido) estimado em R$ 14 bilhões – número que a equipe de research da XP Investimentos vê como positivo. 

Aéreas 

A Câmara conclui a votação do projeto que permite o controle de aéreas por estrangeiros. Agora, a proposta vai ao Senado. O argumento do governo é que a ampliação do capital estrangeiro no setor aéreo permitirá o aumento da competição, a desconcentração do mercado doméstico e o aumento da quantidade de cidades e rotas atendidas. A notícia pode impactar as ações das companhias aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4)

Oi (OIBR4)

A Oi apurou um prejuízo líquido de R$ 3,3 bilhões no 4º trimestre de 2018. No período, a receita líquida somou R$ 5,31 bilhões, queda de 8% na comparação anual, e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) de rotina totalizou R$ 1,28 bilhão (-11,5%), com margem de 24,2%.

No ano, a companhia registrou um lucro líquido acumulado de R$ 21,59 bilhões, decorrente da reestruturação financeira de sua dívida líquida a partir da aprovação de seu plano de recuperação judicial no fim de 2017.

Guararapes (GUAR3)

A controladora da Riachuelo, Guararapes, registrou entre outubro e dezembro do ano passado um lucro líquido de R$ 1 bilhão, montante três vezes maior que o acumulado no mesmo período de 2017. De acordo com a companhia, o resultado teve influência de um efeito não recorrente de R$ 737,7 milhões que inclui o reflexo da retirada do ICMS da base de cálculo do PIS e do Cofins.

No trimestre, a companhia apurou uma receita de R$ 2,2 bilhões (+8,1%) e um Ebitda ajustado de R$ 1 bilhão, aumento de 98,7%. Excluindo os efeitos não recorrentes, o Ebitda ajustado ficou em R$ 469,4 milhões (+33,3%), com margem de 21,5%.

Na opinião do Itaú BBA, os resultados mostraram ganhos impressionáveis, apesar de uma tendência de desaceleração do crescimento. Os analistas acreditam que o mercado deve ter uma reação marginalmente positiva ao balanço.

Brasil Brokers (BBRK3)

A BR Brokers apresentou uma receita líquida de R$ 35 milhões no 4º trimestre de 2018, um aumento de 51% em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia registrou um prejuízo líquido atribuível aos acionistas de R$ 39,5 milhões, enquanto o Ebitda ajustado foi positivo pela primeira vez desde o 4º trimestre de 2014, em R$ 233 mil.

Alper (APER3)

A consultoria em seguros Alper registrou entre outubro e dezembro de 2018, uma receita líquida de R$ 22,2 milhões, recuo de 0,6% em relação ao mesmo período de 2018. O prejuízo líquido ajustado ficou em R$ 442 mil, enquanto o Ebitda ajustado veio negativo em R$ 67 mil, com margem negativa de 0,3%.

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