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SÃO PAULO – O fim da semana também marca o penúltimo dia da temporada de resultados do segundo trimestre, e diversas companhias seguem divulgando seus números do período entre abril e junho. Na noite desta sexta-feira (12), chama atenção os balanços da Cesp, Saraiva e a imobiliária Tecnisa. Confira os destaques:
Sabesp (SBSP3)
A Sabesp registrou lucro líquido de R$ 797,5 milhões no segundo trimestre, resultado mais de duas vezes maior que os R$ 337,3 milhões de um ano antes. Enquanto isso, as receitas de venda de bens e serviços da companhia cresceu 22% no período, somando R$ 3,4 bilhões, ao passo que os custos e despesas cresceram 19%, para R$ 1,74 bilhão.
A empresa teveuma variação positiva em R$ 251,9 milhões nas despesas com variações cambiais sobre empréstimos e financiamentos por conta da maior desvalorização do dólar frente ao real no segundo trimestre deste ano frente ao mesmo período do ano passado.
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Cesp (CESP6)
A Cesp terminou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 101,3 milhões, uma queda de 61,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a receita da companhia caiu 37,4%, para R$ 467,9 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 164,4 milhões, uma queda de 67,2% em um ano.
Segundo a companhia, a forte queda das receitas aconteceu depois do térmico das concessões das hidrelétricas Jupiá e Ilha Solteira, em 7 de julho do ano passado. Com isso, a empresa deixou de contar com a energia das usinas pelo regime de preços. Ela passou a contar com uma receita transitória como operadora das usinas, decorrente da venda de energia para o mercado regulado, pelo regime de cotas.
MMX Mineração (MMXM3)
A MMX registrou lucro líquido de R$ 5,1 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 50,1 milhões no mesmo período do ano passado. A companhia, que está em recuperação judicial, está com as operações de extração de minério suspensas no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais devido às complicadas condições financeiras da empresa e do mercado.
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O lucro da mineradora veio principalmente das receitas financeiras de R$ 19,3 milhões no trimestre, 56,6% maiores que os R$ 12,3 milhões do segundo trimestre do ano passado. Enquanto isso, as despesas financeiras caíram 49,3%, passando de R$ 23,4 milhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 11,8 milhões entre abril e junho deste ano.
Tecnisa (TCSA3)
A construtora Tecnisa teve prejuízo líquido de R$ 91,81 milhões entre abril e junho, revertendo o lucro líquido de R$ 31,34 milhões um ano antes. Já a receita líquida da companhia caiu 72,7%, para R$ 100,53 milhões. A queda das vendas brutas da empresa levou à redução da receita no segundo trimestre e da reversão do lucro líquido.
No segundo trimestre, as despesas gerais e administrativas da companhia caíram 38%, para R$ 28 milhões, com um consumo de caixa de R$ 3,28 milhões. A Tecnisa informou também que teria geração de caixa de R$ 79,7 milhões se considerada a redução de R$ 83 milhões da dívida líquida dos projetos consolidados por equivalência patrimonial.
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Viver (VIVR3)
A Viver registrou um prejuízo líquido de R$ 74 milhões no segundo trimestre, uma alta de 9,6% em relação ao resultado negativo de R$ 67,5 milhões do mesmo período de um ano antes. Já as despesas financeiras atingiram R$ 41 milhões, alta de 68,2%, sendo que a piora no resultado financeiro, por sua vez, refletiu a baixa financeira de dívidas capitalizadas, alta alavancagem e provisões para demandas judiciais de clientes.
Enquanto isso, a receita da empresa caiu 9,1% para R$ 23,2 milhões no segundo trimestre, refletindo a ausência de lançamentos e redução de estoque de receita a apropriar no período.
Saraiva (SLED4)
A Saraiva registrou um prejuízo líquido de R$ 15 milhões no segundo trimestre, uma melhora de 74,7% menor ante o resultado negativo de R$ 23 milhões do mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, esta redução do prejuízo reflete os menores desembolsos com despesas operacionais, que caíram 3,3% no trimestre para R$ 133 milhões.
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Na mesma base de comparação, a receita caiu 4,7%, para R$ 371 milhões. Ainda de acordo com a empresa, a receita do mesmo período de 2015 foi melhor porque contou com um forte desempenho de vendas de livros de colorir.