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A agenda econômica no Brasil desta quinta-feira (25) tem como destaque o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro, considerado uma prévia da inflação oficial. O indicador, que deve ser divulgado às 9h, mede a variação dos preços ao consumidor e costuma influenciar expectativas sobre os próximos passos da política monetária.
Às 8h, sai o Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre, documento em que o Banco Central apresenta uma visão detalhada sobre juros, crédito e inflação. Às 11h, Gabriel Galípolo, presidente da autarquia, e Diogo Guillen, diretor de Política Monetária, comentam o relatório.Ainda pela manhã acontece a reunião do Conselho Monetário Nacional, responsável por definir as diretrizes da política econômica do país.
Nos Estados Unidos, os dados mais aguardados serão divulgados às 9h30. Entre eles, a revisão final do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, com expectativa de crescimento anual de 3,3%, e os pedidos semanais de seguro-desemprego, indicador importante para avaliar a força do mercado de trabalho americano.
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O que vai mexer com o mercado nesta quinta
Agenda
A agenda ainda inclui falas de dirigentes do Federal Reserve. John Williams, que integra o comitê federal de mercado aberto (Fomc), participa de um evento às 10h. Mais tarde, às 16h30, será a vez de Mary Daly, também membro do Fomc, dar sua visão sobre política monetária.
Brasil
- 8h – Relatório de Política Monetária (3º trimestre)
- 9h – Reunião do Conselho Monetário Nacional
- 9h – IPCA-15 (setembro)
EUA
- 9h30 – PCE (2º trimestre)
- 9h30 – PIB (2º trimestre)
- 9h30 – Pedidos de seguro-desemprego
- 10h – Discurso de John Williams, membro do Fomc
- 16h30 – Discurso de Mary Daly, membro do Fomc
INTERNACIONAL
Encontro Lula x Zelensky
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira em Nova York com o ucraniano Volodimir Zelensky, às margens da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Zelensky disse que Lula prometeu “fazer o possível pela paz” e agradeceu a “posição clara” do brasileiro sobre a guerra, em encontro que também tratou de economia e comércio. Foi a segunda reunião entre os dois líderes desde 2023, após tentativas frustradas de agenda em encontros do G7.
Democracia sempre
Lula disse que a democracia está em jogo e criticou erros da esquerda que ajudaram a extrema direita a crescer durante o encontro “Democracia Sempre”, em Nova York, às margens da Assembleia-Geral da ONU. Boric, presidente do Chile, elogiou o Brasil, e Petro, presidente da Colômbia, criticou Trump comparando a situação nos EUA ao período antes da Segunda Guerra.
Elogios de Milei
Na ONU, o presidente argentino Javier Milei discursou nesta quarta-feira exaltando o apoio político recebido de Donald Trump, que o elogiou publicamente um dia antes. Milei defendeu a política americana contra imigração ilegal, criticou a violência atribuída à esquerda e reforçou a reivindicação argentina sobre as Ilhas Malvinas. O encontro com Trump e suas declarações deram algum alívio ao mercado após semanas de tensão com a alta do dólar e a derrota eleitoral em Buenos Aires.
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Visto chinês
A China lançou o visto K para atrair profissionais estrangeiros de ciência e tecnologia, eliminando a exigência de patrocínio de empregadores. A medida é vista como resposta aos EUA, que encareceram o visto H-1B, usado sobretudo por engenheiros indianos.
ECONOMIA
Taxação
Fernando Haddad afirmou que empresas brasileiras podem não resistir financeiramente sem a redução da sobretaxa imposta pelos EUA a produtos nacionais. O ministro classificou a medida como “injusta” e defendeu uma solução diplomática para encerrar o tarifaço. Ele ainda criticou Eduardo Bolsonaro por atuar a favor das sanções contra o Brasil.
Reajuste do Imposto de Renda
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um projeto que reajusta a tabela do Imposto de Renda e prevê tributação sobre lucros e dividendos, sob relatoria de Renan Calheiros (MDB-AL). A iniciativa atropela a proposta do governo em tramitação na Câmara, relatada por Arthur Lira (PP-AL), e pressiona deputados a votarem o texto. Apesar das diferenças entre os projetos, ambos preveem isenção para rendas de até R$ 5 mil e novas regras de tributação a partir de 2026.
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Meta fiscal
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que perseguir apenas o piso da meta fiscal, e não o centro, é irregular e fere a legislação. A medida pressiona a equipe econômica do governo Lula, que prevê déficit de R$ 30,2 bilhões em 2025, próximo ao limite permitido. Se a decisão prevalecer, o governo pode ter de contingenciar até R$ 30 bilhões ou elevar receitas para cumprir a regra.
POLÍTICA
Enterrada
Após críticas pesadas da opinião pública, com manifestações nas redes sociais e nas ruas, o CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado rejeitou por unanimidade a PEC da Blindagem, que dificultava processos contra deputados e senadores Foram 26 votos contra, e o projeto não seguirá para plenário, encerrando a tramitação. Não há espaço para recurso. O relator Alessandro Vieira apontou desvio de finalidade, dizendo que a proposta visava proteger congressistas de crimes graves, e senadores de diferentes partidos defenderam a rejeição para recuperar confiança no Legislativo.
Morte matada
O deputado Claudio Cajado (PP-BA), relator da PEC da Blindagem na Câmara, se recusou a comentar, ao ser abordado pela reportagem da Folha de S.Paulo, sobre a derrubada unânime do projeto pela CCJ do Senado, dizendo que a medida “já era, morreu, morte matada”. Cajado defendia a PEC como fortalecimento das prerrogativas parlamentares, garantindo liberdade de expressão e voto sem temer ações externas.
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Pedido
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a revogação das medidas cautelares impostas ao ex-presidente, incluindo prisão domiciliar e proibição de usar redes sociais, argumentando que ele não foi denunciado formalmente pela PGR no inquérito que investigava coação do Judiciário com apoio de Donald Trump. A petição, sob sigilo, sustenta que sem ação penal não há base legal para manter as restrições, que têm limitado a liberdade de Bolsonaro desde julho.
Depoimento remoto
A deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, prestou depoimento remoto à CCJ da Câmara sobre a cassação de seu mandato, alegando perseguição do ministro Alexandre de Moraes. Ela negou envolvimento na invasão do CNJ pelo hacker Walter Delgatti Neto e criticou bloqueios financeiros e restrições à sua família. Zambelli afirmou ainda que seu objetivo era investigar segurança de urnas eletrônicas, mantendo defesa do voto impresso.
(Com Reuters, Estadão, O Globo e Agência Brasil)