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Vale sobe 7,7% em 2025, Petrobras recua 9%: análise técnica aponta pontos-chave; veja

Mercado acompanha de perto o desempenho técnico das blue chips do Ibovespa

Rodrigo Paz

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As ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4), as duas das maiores empresas listadas na B3, atravessam momentos distintos, conforme a análise gráfica, mas ambas operam em regiões decisivas para definição dos próximos rumos.

Enquanto a Vale mostra recuperação parcial após semanas de consolidação, acumulando alta de 5,78% em agosto e de 7,71% no ano, a Petrobras ainda carrega um saldo negativo em 2025, com queda de 9,10% no acumulado do ano e baixa de 4,20% no mês, mesmo depois de ter renovado o topo histórico em R$ 36,02 em fevereiro.

No curto prazo, os papéis apresentam cenários de lateralização, com suportes e resistências próximos que delimitam potenciais rompimentos.

Para VALE3, o fechamento em R$ 54,92 coloca o ativo próximo da faixa de resistência em R$ 55,40/56,77, que, se superada, pode abrir espaço para alvos em R$ 58,97 e acima.

PETR4, que encerrou a última sessão cotada a R$ 30,78, busca fôlego após testar a mínima do ano em R$ 28,31, mas precisa vencer resistências em R$ 32,15/32,68 para sinalizar uma recuperação mais consistente.

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Nesta batalha gráfica de ações entre duas das gigantes da Bolsa, Vale e Petrobras exibem trajetórias técnicas distintas, mas igualmente relevantes para o investidor.

A VALE3 tenta consolidar a reação após meses de pressão vendedora, enquanto a PETR4 ainda enfrenta o desafio de reverter um desempenho negativo no ano, apesar de recentes sinais de alívio.

A seguir, detalho os principais suportes e resistências de cada papel, bem como os sinais de força ou fragilidade indicados pelos gráficos de curto e médio prazo.

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Análise da Petrobras (PETR4)

O gráfico semanal reforça o viés negativo em 2025, mas também sugere uma tentativa de recuperação. O papel trabalha acima das médias de 9 e 21 períodos nesta semana e, caso confirme novo fechamento positivo, poderá embalar duas semanas seguidas de alta.

Para que a retomada seja consistente, será necessário superar R$ 32,68, o que abriria espaço para buscar R$ 35,38 e novamente o topo histórico em R$ 36,02. Superando esta faixa, os objetivos de longo alcance ficam em R$ 37,42/38,50 e R$ 40,90.

Por outro lado, se não houver sustentação e o ativo romper os suportes em R$ 29,56/28,31, a pressão vendedora tende a se intensificar. Nesse cenário, os alvos passam a ser R$ 26,91/23,89, com suporte de longo prazo na média de 200 períodos em R$ 23,12.

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Os objetivos mais extremos ficam em R$ 21,22/19,96. O IFR (14) semanal está em 47,88, zona neutra, reforçando a necessidade de confirmação de fluxo para definição da tendência.

Fonte: Nelogica. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise de curto prazo

No gráfico diário, PETR4 mostrou reação após tocar o suporte em R$ 28,31, mínima do ano. A partir dali, entrou fluxo comprador, mas ainda negocia de forma lateral.

Neste momento, o ativo está entre as médias de 9 e 21 períodos, com IFR (14) em 51,45, zona neutra. Para confirmar recuperação mais sólida, será necessário superar as resistências em R$ 30,78 e na média de 200 períodos em R$ 32,15. Vencendo essas barreiras, o ativo pode mirar R$ 32,68 e seguir em direção a R$ 33,82/35,38, com possibilidade de testar novamente o topo histórico em R$ 36,02. Alvos mais longos projetam R$ 37,42/38,50 e até R$ 40,90.

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Na ponta contrária, se perder os suportes em R$ 30,14/29,15, PETR4 pode acelerar quedas em direção a R$ 28,31/26,91, com alvos mais longos em R$ 25,33 e R$ 23,89.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira mais análises:

Análise da Vale (VALE3)

No gráfico semanal, o viés permanece baixista, ainda refletindo a perda de força após o topo histórico em R$ 78,48. Entretanto, nas últimas semanas, o movimento é mais lateralizado, sugerindo indefinição.

Para ganhar tração compradora, será fundamental a entrada de volume que permita superar os R$ 55,40/56,77 e posteriormente buscar a média de 200 períodos em R$ 58,00. Os alvos mais longos se estendem a R$ 60,62/67,34, passando por R$ 72,10 até chegar novamente no topo histórico em R$ 78,48.

Do lado oposto, se houver perda dos suportes em R$ 53,63/51,98, o ativo pode acelerar quedas em direção a R$ 48,29/47,36 e posteriormente R$ 45,24. Alvos ainda mais longos projetam R$ 39,21 e até a faixa dos R$ 36,00. O IFR (14) semanal está em 55,53, em zona neutra, sem sinal claro de sobrecompra ou sobrevenda.

Fonte: Nelogica. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise de curto prazo

No gráfico diário, observo que VALE3 segue consolidada em um movimento lateral, tendo como faixa de resistência os R$ 55,40/56,77 e como suporte a região dos R$ 48,29/47,36.

Atualmente, o ativo negocia acima das médias de 9 e 21 períodos, o que dá sustentação para um teste da parte superior da consolidação. Para que o ativo consiga estender a recuperação, será necessário romper os R$ 55,40/56,77, o que abriria espaço para buscar R$ 58,97/60,62. Os alvos mais longos no curto prazo ficam em R$ 62,70/65,00, com possibilidade de alcançar novamente a faixa de R$ 72,10.

Caso o movimento não se sustente, a pressão vendedora pode ganhar corpo se houver rompimento abaixo de R$ 53,88/52,52, o que levaria o papel a testar suportes em R$ 51,98/50,86. Perdendo esta faixa, a queda pode se intensificar em direção aos R$ 48,29, com projeções em R$ 47,36/45,24.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Suporte e resistência

PETR4 (Petrobras)

Com base no fechamento do dia 25/08, aos R$ 30,78, as ações da Petrobras contam com:

VALE3 (Vale)

Com base no fechamento do dia 25/08, aos R$ 54,92, as ações da Vale contam com:

(Rodrigo Paz é analista técnico)

Guias de análise técnica:

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