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As ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4), as duas das maiores empresas listadas na B3, atravessam momentos distintos, conforme a análise gráfica, mas ambas operam em regiões decisivas para definição dos próximos rumos.
Enquanto a Vale mostra recuperação parcial após semanas de consolidação, acumulando alta de 5,78% em agosto e de 7,71% no ano, a Petrobras ainda carrega um saldo negativo em 2025, com queda de 9,10% no acumulado do ano e baixa de 4,20% no mês, mesmo depois de ter renovado o topo histórico em R$ 36,02 em fevereiro.
No curto prazo, os papéis apresentam cenários de lateralização, com suportes e resistências próximos que delimitam potenciais rompimentos.
Para VALE3, o fechamento em R$ 54,92 coloca o ativo próximo da faixa de resistência em R$ 55,40/56,77, que, se superada, pode abrir espaço para alvos em R$ 58,97 e acima.
Já PETR4, que encerrou a última sessão cotada a R$ 30,78, busca fôlego após testar a mínima do ano em R$ 28,31, mas precisa vencer resistências em R$ 32,15/32,68 para sinalizar uma recuperação mais consistente.
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Nesta batalha gráfica de ações entre duas das gigantes da Bolsa, Vale e Petrobras exibem trajetórias técnicas distintas, mas igualmente relevantes para o investidor.
A VALE3 tenta consolidar a reação após meses de pressão vendedora, enquanto a PETR4 ainda enfrenta o desafio de reverter um desempenho negativo no ano, apesar de recentes sinais de alívio.
A seguir, detalho os principais suportes e resistências de cada papel, bem como os sinais de força ou fragilidade indicados pelos gráficos de curto e médio prazo.
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Análise da Petrobras (PETR4)
O gráfico semanal reforça o viés negativo em 2025, mas também sugere uma tentativa de recuperação. O papel trabalha acima das médias de 9 e 21 períodos nesta semana e, caso confirme novo fechamento positivo, poderá embalar duas semanas seguidas de alta.
Para que a retomada seja consistente, será necessário superar R$ 32,68, o que abriria espaço para buscar R$ 35,38 e novamente o topo histórico em R$ 36,02. Superando esta faixa, os objetivos de longo alcance ficam em R$ 37,42/38,50 e R$ 40,90.
Por outro lado, se não houver sustentação e o ativo romper os suportes em R$ 29,56/28,31, a pressão vendedora tende a se intensificar. Nesse cenário, os alvos passam a ser R$ 26,91/23,89, com suporte de longo prazo na média de 200 períodos em R$ 23,12.
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Os objetivos mais extremos ficam em R$ 21,22/19,96. O IFR (14) semanal está em 47,88, zona neutra, reforçando a necessidade de confirmação de fluxo para definição da tendência.

Análise de curto prazo
No gráfico diário, PETR4 mostrou reação após tocar o suporte em R$ 28,31, mínima do ano. A partir dali, entrou fluxo comprador, mas ainda negocia de forma lateral.
Neste momento, o ativo está entre as médias de 9 e 21 períodos, com IFR (14) em 51,45, zona neutra. Para confirmar recuperação mais sólida, será necessário superar as resistências em R$ 30,78 e na média de 200 períodos em R$ 32,15. Vencendo essas barreiras, o ativo pode mirar R$ 32,68 e seguir em direção a R$ 33,82/35,38, com possibilidade de testar novamente o topo histórico em R$ 36,02. Alvos mais longos projetam R$ 37,42/38,50 e até R$ 40,90.
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Na ponta contrária, se perder os suportes em R$ 30,14/29,15, PETR4 pode acelerar quedas em direção a R$ 28,31/26,91, com alvos mais longos em R$ 25,33 e R$ 23,89.

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Análise da Vale (VALE3)
No gráfico semanal, o viés permanece baixista, ainda refletindo a perda de força após o topo histórico em R$ 78,48. Entretanto, nas últimas semanas, o movimento é mais lateralizado, sugerindo indefinição.
Para ganhar tração compradora, será fundamental a entrada de volume que permita superar os R$ 55,40/56,77 e posteriormente buscar a média de 200 períodos em R$ 58,00. Os alvos mais longos se estendem a R$ 60,62/67,34, passando por R$ 72,10 até chegar novamente no topo histórico em R$ 78,48.
Do lado oposto, se houver perda dos suportes em R$ 53,63/51,98, o ativo pode acelerar quedas em direção a R$ 48,29/47,36 e posteriormente R$ 45,24. Alvos ainda mais longos projetam R$ 39,21 e até a faixa dos R$ 36,00. O IFR (14) semanal está em 55,53, em zona neutra, sem sinal claro de sobrecompra ou sobrevenda.

Análise de curto prazo
No gráfico diário, observo que VALE3 segue consolidada em um movimento lateral, tendo como faixa de resistência os R$ 55,40/56,77 e como suporte a região dos R$ 48,29/47,36.
Atualmente, o ativo negocia acima das médias de 9 e 21 períodos, o que dá sustentação para um teste da parte superior da consolidação. Para que o ativo consiga estender a recuperação, será necessário romper os R$ 55,40/56,77, o que abriria espaço para buscar R$ 58,97/60,62. Os alvos mais longos no curto prazo ficam em R$ 62,70/65,00, com possibilidade de alcançar novamente a faixa de R$ 72,10.
Caso o movimento não se sustente, a pressão vendedora pode ganhar corpo se houver rompimento abaixo de R$ 53,88/52,52, o que levaria o papel a testar suportes em R$ 51,98/50,86. Perdendo esta faixa, a queda pode se intensificar em direção aos R$ 48,29, com projeções em R$ 47,36/45,24.

Suporte e resistência
PETR4 (Petrobras)
Com base no fechamento do dia 25/08, aos R$ 30,78, as ações da Petrobras contam com:
- Suportes de curto prazo em R$ 30,14 (1), R$ 29,15 (2) e R$ 28,31 (3);
- Resistências de curto prazo em R$ 32,15 (1), R$ 32,68 (2) e R$ 33,82 (3).
- Suportes de médio prazo em R$ 29,56 (1), R$ 26,91 (2) e R$ 23,89 (3);
- Resistências de médio prazo em R$ 35,38 (1), R$ 36,02 (2) e R$ 38,50 (3)
VALE3 (Vale)
Com base no fechamento do dia 25/08, aos R$ 54,92, as ações da Vale contam com:
- Suportes de curto prazo em R$ 53,88 (1), R$ 51,98 (2) e R$ 50,86 (3);
- Resistências de curto prazo em R$ 55,40 (1), R$ 56,77 (2) e R$ 58,97 (3).
- Suportes de médio prazo em R$ 51,98 (1), R$ 48,29 (2) e R$ 45,24 (3);
- Resistências de médio prazo em R$ 60,62 (1), R$ 67,34 (2) e R$ 72,10 (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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