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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A parlamentar deixou o Brasil no final de maio e, segundo afirmou, está atualmente nos Estados Unidos, com planos de seguir para a Europa.
Condenada por unanimidade pela Primeira Turma do STF há 20 dias, Zambelli informou que pretende se submeter a um tratamento médico fora do país e solicitou licença de seu mandato. Apesar da condenação, ela não tinha impedimentos legais para viajar, já que o passaporte, apreendido durante as investigações em 2023, havia sido devolvido.

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A saída da deputada foi registrada no último dia 25, quando cruzou a fronteira com a Argentina e embarcou de Buenos Aires com destino aos EUA. O deslocamento pode ser interpretado como uma possível tentativa de fuga para evitar os desdobramentos da sentença.
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A PGR fundamenta o pedido de prisão preventiva no risco de Zambelli não retornar voluntariamente ao Brasil e na gravidade da condenação imposta pelo Supremo. A decisão agora está nas mãos da Corte, que avaliará se a medida é necessária diante das circunstâncias do caso.
Zambelli, uma das principais aliadas do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi condenada por crimes de associação criminosa, invasão de dispositivo informático e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo — este último relacionado a outro inquérito. A defesa da deputada ainda pode recorrer da decisão.