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Análise: Vale pode ter reação, mesmo com queda do minério, mas segue cautela com ação

Tendência de baixa ainda prevalece no gráfico semanal, apesar da tentativa de recuperação.

Rodrigo Paz

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A Vale (VALE3) reportou um lucro líquido de US$ 1,394 bilhão no primeiro trimestre de 2025, representando uma queda de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando registrou US$ 1,679 bilhão. A receita líquida de vendas atingiu US$ 8,119 bilhões, uma redução de 4% na comparação anual. O Ebitda ajustado ficou em US$ 3,115 bilhões, recuando 9% frente ao primeiro trimestre de 2024.

Segundo a companhia, os resultados foram impactados por menores preços de minério de ferro, parcialmente compensados por reduções de custos e apreciação do real frente ao dólar. A empresa destacou avanços na gestão de custos e na execução de projetos estratégicos, como as operações autônomas e os comissionamentos de Vargem Grande 1 e Capanema, que visam aumentar a flexibilidade do portfólio e a eficiência operacional. ​

Para entender até onde o preço das ações da Vale pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

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Análise técnica da Vale

Pelo gráfico semanal, observa-se que o ativo se mantém lateral no longo prazo, mas com viés de baixa no médio prazo, respeitando uma linha de tendência de baixa (LTB) desde o topo alcançado no início de 2023. Recentemente, após tocar o suporte nos R$ 49,00, houve entrada de fluxo comprador, que levou à retomada das médias móveis de 9 e 21 períodos. Isso traz atenção renovada, especialmente se houver novo teste da LTB.

Para sustentar o movimento de alta, será essencial a manutenção acima das médias curtas, com volume comprador consistente. Os alvos de resistência estão em R$ 58,45 (máxima de 2025), seguido da média de 200 períodos em R$ 60,89. Alvos mais longos podem levar o ativo até as regiões de R$ 69,36/ R$ 74,38 e, no cenário mais otimista, até o topo histórico nos R$ 80,81.

Por outro lado, o IFR (14) em 51,43 indica uma zona neutra, sem força clara no momento. Caso o ativo perca a região de suporte nas médias móveis (R$ 54,47/ R$ 53,61), o movimento de baixa pode ser retomado, com próximos suportes em R$ 48,77/ R$ 46,58, podendo buscar R$ 43,88. Alvos mais longos estão nos R$ 39,40 e R$ 36,70.

Fonte: Nelogica. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira nossas análises:

Análise de curto prazo

No gráfico diário, a reação mais recente se deu após o ativo renovar a mínima do ano em R$ 48,77, o que atraiu fluxo comprador. Desde então, superou as médias de 9 e 21 períodos e agora testa a média de 200, ponto importante para continuidade da recuperação. Na última sessão, o papel fechou em alta de 1,56%, cotado a R$ 55,31.

Para seguir com o movimento de alta, será preciso romper a resistência imediata em R$ 55,30. Superando essa faixa, o papel pode buscar R$ 58,45/ R$ 60,00, com alvos mais longos em R$ 62,42/ R$ 64,00 e, posteriormente, R$ 67,00.

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No entanto, vale o alerta: o fluxo predominante no curto prazo ainda é de baixa. Para que esse cenário se confirme, o ativo deve perder o suporte em R$ 53,96/ R$ 51,15. O rompimento levaria a nova pressão vendedora, mirando os suportes em R$ 48,77/ R$ 46,58, com alvos mais longos em R$ 43,88/ R$ 41,20.

O papel mostra sinais de reação, mas ainda precisa provar força para reverter a tendência dominante.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Suportes e resistências da VALE3

Suportes:

  1. R$ 54,47 / R$ 53,61 – região das médias móveis; perda pode acelerar a queda.
  2. R$ 53,96 / R$ 51,15 – zona de suporte no curto prazo.
  3. R$ 49,00 – suporte importante testado recentemente, onde iniciou a reação.
  4. R$ 48,77 / R$ 46,58 – região crítica; perda pode intensificar o fluxo de venda.
  5. R$ 43,88 – alvo de suporte mais baixo no curto/médio prazo.
  6. R$ 41,20 – suporte adicional após perda dos níveis anteriores.
  7. R$ 39,40 / R$ 36,70 – suportes de longo prazo.

Resistências:

  1. R$ 55,30 – resistência imediata no curto prazo; precisa ser rompida para dar continuidade ao movimento de alta.
  2. R$ 58,45 – máxima de 2025, alvo intermediário relevante.
  3. R$ 60,00 / R$ 60,89 – zona de resistência, com destaque para a média de 200 períodos.
  4. R$ 62,42 / R$ 64,00 – próximos alvos se a tendência de alta se confirmar.
  5. R$ 67,00 – resistência mais longa, antes da faixa de topo.
  6. R$ 69,36 / R$ 74,38 – alvos de médio a longo prazo.
  7. R$ 80,81 – topo histórico, resistência máxima observada..

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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