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Israel ainda está impondo restrições “ilegais” à ajuda humanitária para Gaza, disse o escritório de direitos humanos da ONU nesta terça-feira (16), apesar das afirmações de Israel e de outros países de que as barreiras foram reduzidas.
A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, desencadeada pelos ataques mortais do Hamas na fronteira, em 7 de outubro, transformou grande parte da Faixa de Gaza em um deserto, com centenas de milhares de pessoas deslocadas e amontoadas em abrigos repletos de doenças.
A quantidade de ajuda que está entrando em Gaza é controversa, com Israel e Washington dizendo que o fluxo de ajuda aumentou nos últimos dias, mas as agências da ONU dizem que ainda está muito abaixo dos níveis mínimos.
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“Israel continua a impor restrições ilegais à entrada e à distribuição de assistência humanitária e a realizar uma destruição generalizada da infraestrutura civil”, disse Ravina Shamdasani, porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU, em uma coletiva de imprensa em Genebra, reiterando os pedidos de acesso irrestrito.
Israel, que nega estar impedindo a entrada de ajuda humanitária em Gaza, tem enfrentado uma pressão internacional cada vez maior para permitir a entrada de mais suprimentos na Faixa de Gaza desde que atingiu um comboio de ajuda humanitária em 1º de abril, matando trabalhadores humanitários internacionais.
“Aqueles que entregam ou tentam acessar a assistência humanitária nunca devem ser atacados”, acrescentou Shamdasani.
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Mais de 33 mil pessoas foram mortas em Gaza desde 7 de outubro, de acordo com as autoridades de saúde palestinas, e mais de 76 mil ficaram feridas. A guerra foi iniciada em resposta aos ataques do Hamas a Israel, nos quais 1.200 pessoas foram mortas e 253 feitas reféns, segundo registro de Israel.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pediu um aumento nas retiradas por motivos médicos de Gaza, dizendo que menos da metade dos pedidos foi bem-sucedida.
“Com pelo menos 70 crianças feridas todos os dias, precisamos que o número de retiradas médicas aumente para que as crianças possam ter acesso aos cuidados de que precisam com urgência”, disse Tess Ingram, do Unicef, na mesma coletiva de imprensa, descrevendo casos de crianças que ela conheceu e que sofreram ferimentos a bala e amputações.
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“Seus corpos despedaçados e suas vidas fraturadas são uma prova da brutalidade que está sendo imposta a elas.”