Auren Energia (AURE3) conclui securitização de indenização de Três Irmãos no valor de R$ 4,2 bi

Operação é decorrente do acordo judicial firmado com a União Federal visando a indenização da CESP pela reversão de bens não amortizados ou não depreciados

Felipe Moreira

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A Auren Energia (AURE3) informou nesta terça-feira (27) a CESP concluiu a cessão do direitos creditórios à contraparte cessionária True Securitizadora, decorrentes do acordo judicial firmado com a União Federal visando a indenização da CESP pela reversão de bens não amortizados ou não depreciados em relação à Usina Hidrelétrica Três Irmãos.

O preço de cessão, após as devidas atualizações, nos termos do contrato de cessão firmado entre a CESP, a companhia de securitização e a Auren, corresponde a R$ 4,217 bilhões.

O Credit Suisse aponta que o NPV (Valor Presente Líquido, ou VPL) da antecipação de recebíveis veio em linha com as estimativas do time e a visão positiva sobre a notícia tem como fundamento a redução de risco de recebimento e implica em baixo desconto ao recebível ajustado.

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Além disso, a transação abre espaço para pagamentos adicionais de dividendos, uma vez que a empresa se torna “caixa líquido”, aumentando a probabilidade de possíveis dividendos de R$ 1,5 bilhão, ou cerca de 10,3% de dividend yield, ou dividendo em relação ao valor da ação, já mencionados pela empresa.

O BBI também aponta que a Auren terá dinheiro mais do que suficiente para cumprir sua promessa de pagar mais dividendos de R$ 1,50, ou um 10% de yield extraordinário, no quarto trimestre de 2023 (além dos R$ 1,50 pagos em maio), o que foi questionado por alguns investidores.

Notavelmente, de acordo com a administração, após capex (investimentos) e este pagamento de dividendos esperado, a alavancagem, ou relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da Auren
ficaria entre 2,0 vezes e 2,2 vezes.