Confiança da Construção se mantém estável em março, a 94,4 pontos, diz FGV

Índice de Situação Atual subiu para 93,7 pontos, após quatro meses seguidos de queda; Índice de Expectativas recuou para 95,3 pontos

Estadão Conteúdo

(Getty Images)
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O Índice de Confiança da Construção (ICST) se manteve estável em 94,4 pontos em março, informou nesta terça-feira (28) a Fundação Getúlio Vargas. Em médias móveis trimestrais, o ICST caiu 0,3 ponto.

Nas aberturas de março, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,3 ponto, para 93,7 pontos, após quatro meses seguidos de queda. O indicador da situação atual dos negócios aumentou 0,5 ponto, para 92,2, e o indicador de volume de carteira de contratos contraiu 0,1 ponto, para 95,2 pontos, menor nível desde março do ano passado, quando havia registrado 94,4.

O Índice de Expectativas (IE-CST), por sua vez, caiu 0,3 ponto, para 95,3 pontos, com queda da tendência dos negócios, que caiu 1,4 ponto, para 92,3, e avanço da demanda prevista de 0,9 ponto, para 98,3.

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O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), por outro lado, subiu 0,2 ponto porcentual, a 77,9%. Nas aberturas, o Nuci de Mão de Obra caiu 0,1 pp, a 78,9%, e o Nuci de Máquinas e Equipamentos subiu 1,7 pp, a 73,6%.

A coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre, Ana Maria Castelo, destacou em nota que , pelo segundo mês seguido, a perspectiva em relação à demanda dos próximos meses melhorou. Ela avaliou, no entanto, que a percepção mais negativa em relação à tendência do ambiente de negócios impactou negativamente as expectativas, que encerraram o primeiro trimestre sem recuperação da queda recente no período anterior. Há um pessimismo moderado do setor, de acordo com a economista.

“Como já observado em fevereiro, o ritmo de atividade sinaliza desaceleração – o indicador de evolução recente fechou o trimestre em queda”, afirmou a coordenadora.

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Com isso, de acordo com Ana Castelo, “as empresas apontam também menor intenção de contratar.” Além disso, a dificuldade de contratação de mão de obra qualificada aumentou e alcançou o maior nível de assinalações desde março de 2015, “sinal de que o ciclo de crescimento não foi invertido”, conclui.