Troque títulos públicos por investimentos em crédito privado, sugere XP; saiba os motivos

Valorização dos títulos públicos reduz a possibilidade de ganhos adicionais nos próximos meses 

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O desempenho dos títulos públicos está atrelado a performance e às expectativas da economia brasileira e, embora o time de análise da XP Investimentos esteja otimista com o cenário nacional no médio prazo, a avaliação é de que a valorização de diversos títulos públicos ocorrida até aqui – reduz a possibilidade de ganhos adicionais nos próximos meses. 

“O mercado financeiro costuma antecipar as expectativas. Assim, acreditamos que boa parte dessa melhora esperada na economia e liquidez global, já esteja embutida nos diversos títulos públicos, principalmente os com vencimentos mais longos”, afirmam os analistas Celson Plácido e Gustavo Cruz, em relatório enviado a clientes nesta terça-feira (27).

Além disso, os títulos públicos pagam imposto de renda cuja alíquota pode variar entre 15% (aplicação por mais de 24 meses) a 22,5% (inferior a 6 meses). Diante deste cenário, os analistas da XP consideram vantajosa a troca desses títulos por posições em crédito privado, como as debêntures incentivadas, que são isentas de imposto de renda.

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Outros exemplos de investimentos de crédito privado isentos de imposto de renda e que também estão interessantes – dado o seu retorno e fechamento da curva de juros, segundo Celson Plácido, estrategista-chefe da XP – são as LCIs, LCAs, CRIs e CRAs. Os CDBs, apesar da incidência de imposto de renda, também surgem como boa opção na troca dos títulos públicos por aplicações atreladas ao crédito privado.

Vale ressaltar que apenas os CDBs e as LCIs e LCAs contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Isso quer dizer que se a instituição financeira emissora do título quebrar, o FGC garante aplicações de até R$ 250 mil (incluindo lucros) por instituição e por CPF – até o teto máximo global de R$ 1 milhão.

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Já CRIs, CRAs e debêntures não possuem essa garantia. Neste caso, o risco para o investimento é a “quebra” da instituição que emitiu o título. Por isso, é importante observar o rating atribuído ao título. Nas corretoras, é possível verificar a avaliação das agências de ratings.

Tal qual os países são avaliados e recebem uma nota de acordo com seu risco, muitas aplicações também vêm com esse “selo” que ajuda os investidores a escolher os títulos mais seguros. 

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