Títulos prefixados e de inflação têm alívio e registram leve alta antes do Copom

Papéis foram beneficiados de quedas nas taxas, especialmente no curto prazo; títulos de inflação seguem sofrendo no longo prazo

Equipe InfoMoney

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Títulos de renda fixa com taxas prefixadas e atreladas à inflação (IPCA+) tiveram um momento de respiro e apresentaram leve valorização no mercado secundário na última semana, pouco antes de uma nova decisão de política monetária do Banco Central, esperada para esta quarta-feira (8).

Segundo levantamento do Itaú BBA, papéis prefixados se beneficiaram diante de queda nas taxas ao longo de toda a curva, com recuo de 0,14 ponto percentual no curto prazo (até dois anos) e de até 0,21 p.p. no longo prazo.

Já os títulos de inflação, que fecharam o mês de abril com rentabilidade negativa de quase 4%, foram afetados positivamente pelo recuo nas taxas de curtíssimo prazo, de até um ano. O mesmo não se pode dizer dos demais prazos: houve estabilidade no médio prazo, e ligeira alta (0,04 p.p.) no trecho mais longo.

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Com isso, o índice IDA-IPCA Incentivadas, que acompanha debêntures isentas de Imposto de Renda, avançou 0,05% na semana. Já o IMA-B, que acompanha o desempenho de papéis do Tesouro IPCA+, ficou estável.

É importante lembrar que alta de taxas é diferente de alta de rentabilidade: movimentos de quedas de taxas em novas emissões, como o registrado na última semana, tendem a favorecer títulos já emitidos com taxas mais altas, provocando valorização no mercado secundário. Só se beneficia disso, no entanto, o investidor que pretende vender os papéis antes do vencimento – estratégia que não vem dando certo no ciclo atual de cortes da Selic.