Eduardo Leite (PSDB) é reeleito governador do Rio Grande do Sul

Tucano volta ao Piratini após derrotar o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL)

Rodrigo Tolotti

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Eduardo Leite (PSDB) venceu no segundo turno a disputa pelo governo do Rio Grande do Sul. Com 90,43% das urnas apuradas às 19h01 (de Brasília), Leite registrava 3.358.271 votos (57,11% do total).

Onyx Lorenzoni (PL) ficou em segundo lugar. Ele tinha 2.521.574 votos (42,89% do total), às 19h01. Os números são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com isso, o tucano conseguiu reverter o cenário visto no primeiro turno, quando Onyx ficou à frente com 37,50% dos votos, contra 26,81% de Leite. Há cerca de duas semanas, as pesquisas começaram a indicar essa virada na situação, ainda que os dois estivessem em empate técnico.

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Eduardo Leite consegue um feito inédito na política gaúcha desde a redemocratização do país: ficar dois mandatos seguidos no Palácio Piratini. Desde 1982, quando houve a primeira eleição direta em quase duas décadas, nenhum partido ficou por oito anos no comando do governo gaúcho.

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Nascido em Pelotas, no interior do estado, Leite iniciou a carreira política no movimento estudantil. Tentou a vaga de vereador em 2004, obtendo a primeira suplência. Depois, fez parte da administração municipal como assessor e chefe de gabinete do prefeito. Em 2012, foi eleito prefeito de Pelotas, ficando no cargo por quatro anos. Em 2018, foi eleito ao governo do RS derrotando o então governador José Ivo Sartori.

Apesar de ter sido eleito ao Piratini apoiando Jair Bolsonaro, Leite rompeu com o presidente durante a pandemia da Covid e se lançou como pré-candidato ao Planalto pelo PSDB. No entanto, foi derrotado nas prévias tucanas por João Doria. Como já havia renunciado ao Executivo gaúcho, deixou o Piratini em março, substituído pelo vice Ranolfo Vieira Júnior.

Mesmo tendo deixado o cargo no início do ano, Leite não poderá tentar a reeleição para governador em 2026.

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O que faz um governador?

A governadora ou o governador exerce o Poder Executivo no Estado e no Distrito Federal. Cabe a quem ocupa o cargo representar, dentro do país, a respectiva Unidade da Federação nas relações jurídicas, políticas e administrativas. Na chefia da administração estadual, é auxiliado pelas secretárias e secretários de Estado.

Governadores podem propor leis e vetar ou sancionar leis aprovadas pelos deputados estaduais. Também respondem pela Segurança Pública dos Estados, da qual fazem parte as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros. Como no Brasil os Estados (e o DF) têm autonomia, as competências e responsabilidades do cargo são estipuladas pelas respectivas Constituições estaduais (e, no caso do DF, por sua Lei Orgânica).

O mandato de um governador é de quatro anos, com possibilidade de reeleição para mais um mandato de quatro anos. Caso reeleito, o governador tem como limite o período de oito anos no poder, ou seja, ele não terá o direito de se reeleger novamente de forma consecutiva para o mesmo cargo.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.