Cofundador do projeto Terra (LUNA) é procurado pela Interpol e teria fugido para Taiwan

Kwon, que não está mais em Cingapura, nega estar em fuga após autoridades pedirem sua prisão

CoinDesk

(CoinDesk)

Publicidade

Do Kwon, o polêmico cofundador da blockchain Terra (LUNA), está sendo procurado pela Interpol após ter um mandado de prisão emitido por um tribunal sul-coreano. Ele teria, segundo publicações, violado a Lei do Mercado de Capitais do país.

O mandado de prisão de Kwon vem quatro meses após o colapso de US$ 40 bilhões do projeto Terra (LUNA) e de sua stablecoin algorítmica UST, que foi a primeira a evaporar no inverno cripto deste ano.

Alguns acreditam que ele esteja se escondendo em Taiwan dado que, por conta da pressão da China, o país é excluído da maioria das organizações internacionais do mundo, incluindo as Nações Unidas, a Organização Mundial da Saúde, a Organização da Aviação Civil Internacional e a própria Interpol.

Continua depois da publicidade

A Coreia do Sul tem tratados de extradição com 31 países em todo o mundo, mas há 195 membros da Interpol. Mesmo que Kwon esteja em um país que não tenha um tratado formal de extradição com a Coreia do Sul, “a extradição é possível com base na garantia de reciprocidade do Estado requerente de que aceitará pedidos de extradição da Coreia por crimes idênticos ou semelhantes”, segundo um briefing elaborado sobre o tema por advogados coreanos e publicado pela consultoria GIR Insight.

Leia mais:
Coreia do Sul quer invalidar passaporte do cofundador do projeto Terra (LUNA)

O último episódio da saga do projeto Terra destaca não apenas as opções que as autoridades coreanas podem ter para prender Kwon, mas também os desafios da extradição.

Continua depois da publicidade

Assista: O que aconteceu com o clone do Ethereum que afundou 80% dias após o lançamento

Desde o lançamento do programa International Fugitive Round-Up and Prisão (INFRA) em 2009, as operações da Interpol levaram à localização ou prisão de cerca de 1.000 fugitivos, de acordo com o site da agência, mas as relações internacionais com questões ligadas à lei podem ser complicadas.

Em um tweet publicado na semana passada, Kwon insistiu que não estava “fugindo”:

Publicidade

“Querido Twitter, direi para vocês o que eu estou fazendo e onde estou se 1) formos amigos; 2) tivermos planos de nos encontrar; 3) estivermos jogando um game Web3 que use GPS. Caso contrário não lhe interessa quais são minhas coordenadas. Eu realmente não entendo porque a verdade seria outra – pense se você estaria confortável com o mesmo nível de invasão à privacidade”.

Taiwan tem cooperado

Apesar da exclusão de Taiwan da Interpol, as autoridades têm demonstrado grande interesse na cooperação internacional em questões judiciais e na assistência jurídica mútua ao assinar acordos com diversos países do mundo. A Coreia do Sul não está na lista, mas tem um acordo de “troca de materiais judiciais” com Taiwan.

No âmbito doméstico, o governo atualizou suas leis de extradição para se alinhar às práticas internacionais. A lei diz que Taiwan pode recusar pedidos de extradição por motivos limitados, incluindo: “riscos à soberania de Taiwan, segurança nacional, ordem pública ou reputação internacional”.

Continua depois da publicidade

Até onde as criptomoedas vão chegar? Qual a melhor forma de comprá-las? Nós preparamos uma aula gratuita com o passo a passo. Clique aqui para assistir e receber a newsletter de criptoativos do InfoMoney

Tópicos relacionados

CoinDesk

CoinDesk é a plataforma de conteúdos e informações sobre criptomoedas mais influente do mundo, e agora parceira exclusiva do InfoMoney no Brasil: twitter.com/CoinDeskBrasil