IRB (IRBR3) tem prejuízo de R$ 273 mi em maio e analistas reforçam necessidade de elevar capital; ação cai a R$ 2

No acumulado dos 5 primeiros meses de 2022, o prejuízo líquido é de R$ 285,3 milhões

Felipe Moreira

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O IRB (IRBR3) divulgou na noite de ontem (21) um prejuízo de R$ 273,1 milhões nas operações de maio deste ano, revertendo lucro de R$ 7,5 milhões no mesmo mês de 2021.

No acumulado dos 5 primeiros meses de 2022, o prejuízo líquido é de R$ 285,3 milhões, frente a um lucro líquido de R$ 9,4 milhões de igual intervalo do ano passado.

Com isso, as ações caíram 8,26% no pregão desta sexta-feira (22), indo a R$ 2.

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O prêmio emitido totalizou R$ 564,2 milhões em maio de 2022, um recuo de 3,7% em relação a maio de 2021, composto pelo aumento do prêmio no Brasil de 8,4%, para R$420,6 milhões, e pela redução do prêmio no exterior de 27,4%, para R$143,6 milhões.

Já nos cinco primeiros meses deste ano, o prêmio emitido atingiu o montante de R$ 3,122 bilhões, com queda
de 5,5% em relação ao mesmo período de 2021.

No Brasil houve crescimento de 11,2%, atingindo R$ 1,9994 bilhão, enquanto no exterior houve redução de 25,4% em relação ao mesmo período de 2021, com R$ 1,1226 bilhão.

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Segundo o ressegurador, a redução no exterior está em linha com a estratégia de foco no mercado doméstico, amplamente divulgada pela companhia.

A despesa de sinistro do IRB em maio de 2022 foi de R$ 631,3 milhões, com índice de sinistralidade de 131,3%, principalmente impactada pelo segmento Agro. Desta forma, ficou 73,2% superior à despesa de maio de 2021, de R$ 364,4 milhões, que representou então sinistralidade de 73,2%.

Nos primeiros cinco meses de 2022, a despesa com sinistro somou R$ 2,0423 bilhões, um crescimento de 7,9%
quando comparada com o mesmo período do ano anterior.

No acumulado dos cinco meses do ano, o índice de sinistralidade foi de 97,5%, comparado a 75,1% no mesmo período de 2021. A sinistralidade normalizada dos efeitos climáticos adversos ao segmento Agro no Brasil e da Covid foi de 73,3% nos primeiros cinco meses de 2022.

Com base nos números apresentados, o Credit Suisse aponta aos investidores que o apertado índice de solvência regulatória de 105% no 1T22, somado ao prejuízo líquido de R$ 366 milhões observado nos dois meses reportados no 2T22, pode indicar que o IRB precisará de um aumento de capital.

No mês passado, após a divulgação dos dados de abril, o Citi havia destacado que um aumento de capital seria necessário. 

Já neste mês, o Citi reforçou a sua visão após o novo mês negativo, com deterioração da lucratividade. O resultado negativo deve-se principalmente a sinistros do segmento agrícola, provavelmente uma cauda dos sinistros vistos nas seguradoras no primeiro trimestre. O banco reiterou recomendação de venda para IRB, com preço-alvo de R$ 2,40.

O Credit Suisse também reforçou recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado, ou equivalente à venda) para IRB, e preço-alvo de R$ 3,35 frente a cotação de quinta-feira (21) de R$ 2,18, ainda um potencial de alta de 54% frente o fechamento da véspera.

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