Fundador da Polkadot anuncia atualização da governança da blockchain

O “Gov2” da plataforma está programado para ser lançado na rede Kusama após uma auditoria profissional final de seu código

CoinDesk

Fonte: divulgação

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A Polkadot (DOT) irá passar por uma atualização para ficar mais inclusiva e descentralizada, enquanto aumenta drasticamente o número de propostas que podem ser votadas em sua rede. O anúncio foi feito pelo fundador da blockchain, Gavin Wood, na “Polkadot Decoded”, a reunião anual da comunidade do projeto.

A versão 2 de Governança da Polkadot (Gov2) removerá quaisquer “cidadãos de primeira classe” preferenciais em termos de governança, como o “Conselho da Polkadot” e o “Comitê Técnico” da rede, deixando uma única classe de participantes do referendo, segundo um post no blog do projeto.

A nova versão também inclui vários ajustes para agilizar os processos de governança para que muitas decisões possam ser tomadas simultaneamente.

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O Gov2 está programado para ser lançado na Kusama (KSM), a rede irmã mais ágil e experimental da Polkadot, em breve, de acordo com a postagem do blog.

Antes do lançamento, no entanto, seu código vai ser analisado por uma auditoria profissional. Assim que o Gov2 for testado na Kusama, uma proposta para votação será realizada na rede Polkadot, acrescentou Wood, sem declarar quanto tempo esse processo levará.

A governança descentralizada de sistemas grandes e complexos não é fácil, e esse fato vem sendo demonstrado repetidamente – da desgastante experiência inicial do Ethereum (ETH) como organização autônoma descentralizada (DAO) até o estado atual de deliberação fragmentada envolvendo a comunidade da plataforma MakerDAO.

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A Polkadot, composta por uma cadeia de retransmissão de aplicação de regras e uma série de blockchains de prova de participação (proof-of-stake, ou PoS) paralelas chamadas parachains, agora conta com um executivo eleito do Conselho. Antes, o sistema o favorecia a consideração de poucas propostas, em vez da ampla consideração de muitas.

“No Gov2, qualquer pessoa pode iniciar um referendo a qualquer momento e pode fazer isso quantas vezes quiser”, segundo o post do blog. “Qualquer um também pode votar nesses referendos. Não há limites explícitos para o número de referendos que podem ser votados a qualquer momento”.

“Origens”

Enquanto o Gov2 tenta remover a hierarquia de votação centralizada, a fim de tornar gerenciável o escopo potencial das coisas para votar, o novo sistema introduz uma classificação de importância para a tomada de decisões: propostas independentes são descritas por “Origens”, denotando a importância de uma proposta; em seguida, elas recebem uma “trilha” pela qual cada proposta progride.

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Por exemplo, “a Origem Raiz tem os limites e garantias mais altos e permite que apenas uma única proposta ultra-perigosa seja decidida por vez”, enquanto as Origens menos poderosas têm períodos de consideração mais curtos e limites mais baixos para aprovação.

O responsável pela proposta pode especificar com qual Origem deseja que sua proposta seja executada. Essa alocação, por sua vez, determinará qual caminho a sugestão seguirá e como o referendo será conduzido.

“Ter faixas independentes nos permite adaptar a dinâmica dos referendos com base em seu nível de privilégio implícito. Referendos que executam suas propostas de origens mais poderosas terão proteções mais rigorosas, limites mais altos e períodos de consideração mais longos”, de acordo com o post do blog.

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As propostas também precisam atender a três níveis de critérios antes que possam ser elevadas a um “estado decisivo”, incluindo um período de entrada com um prazo definido, uma alocação de decisão (deve haver espaço em uma trilha apropriada para que ela seja incluída) e, finalmente, o pagamento de um “depósito de decisão”, que cobre o custo de armazenamento on-chain do referendo e evita spam.

A Irmandade da Polkadot

O “Comitê Técnico da Polkadot”, que existia na primeira versão do sistema de governança, será substituído por um órgão mais descentralizado chamado “Polkadot Fellowship” (Irmandade da Polkadot) para evitar a formação de uma posição de comando especializado. Isso também impedirá que os membros tenham tanto poder de decisão que possam ser indevidamente pressionados (por autoridades, “malévolas ou benignas”, por exemplo) a agir de determinadas maneiras.

Ao contrário do atual Comitê Técnico, o novo órgão foi projetado para ser muito mais amplo no número de membros, com barreiras de entrada muito menores, tanto em termos de fluxo de processos administrativos quanto em expectativas de especialização.

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“A Irmandade é um órgão especializado em sua maioria autogovernado, com o objetivo principal de representar os humanos que fazem parte dela e que têm a base de conhecimento técnico da rede e do protocolo Polkadot”, afirmou o post do blog. “Tornar-se um membro candidato é tão fácil quanto fazer um pequeno depósito.”

Esses membros recebem então uma classificação “para designar o grau em que o sistema espera que sua opinião seja bem-informada, com base técnica sólida e alinhada aos interesses da Polkadot”.

Para tornar esse processo de classificação dos membros da Irmandade transparente e responsável, haverá uma constituição que estabelece os requisitos e expectativas associadas a qualquer classificação.

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