Ação da Sinqia (SQIA3) fecha com salto de 9,17% após balanço trazer crescimento orgânico e inorgânico

Resultado da companhia conseguiu crescer na frente dos seus negócios antigos e ainda foi impulsionada por aquisições recentes

Vitor Azevedo

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As ações ordinárias da Sinqia (SQIA3) saltaram nesta segunda-feira (10), alta impulsionada após a companhia divulgar o seu balanço trimestral no fim da noite de ontem – que agradou analistas e investidores. Os papéis subiram 9,17%, a R$ 17,85.

O Itaú BBA, por exemplo, destacou que o documento publicado pela companhia que desenvolve softwares para o setor financeiro trouxe um “excelente crescimento orgânico e das margens”.

O faturamento recorrente anual (ARR, na sigla em inglês), ressaltam os analistas do banco, teve crescimento acelerando 3,6 pontos percentuais na base trimestral, chegando a 22,4%, que pode ser atribuído a uma “sólida melhora das novas vendas”, que contribuíram com 56% dos resultados, e ao “repasse bem sucedido de inflação nos contratos”.

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As margens bruta e de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), por sua vez, expandiram aproximadamente cinco e oito pontos percentuais no ano, respectivamente. “Devido à consolidação dos recentes M&As [fusões e aquisições] da LOTE45 e da Mercer, iniciada há dois meses”, comentam os analistas Enrico Trotta e Cristian Faria, pontuando que as duas adquiridas têm maiores níveis de rentabilidade.

Para o banco brasileiro, a consolidação do M&A levou a companhia a um novo nível, mas o crescimento orgânico foi destaque. “O primeiro trimestre mostrou a transformação esperada para a Sinqia, que mais que dobrou sua receita líquida e o seu Ebitda na base anual, para R$ 139 milhões e R$ 36 milhões”, comentam. “Acreditamos que o destaque foi o crescimento dos dois, bem como as receitas recorrentes de software”.

Credit Suisse afirma que aquisições levaram Sinqia a um “forte crescimento”

O Credit Suisse também destaca, no título do seu relatório, que as aquisições levaram a companhia de softwares a um crescimento forte e jogaram as margens a um novo nível – de 26,1%, que agora a companhia acredita ser o seu novo patamar.

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“A expansão da margem foi resultado principalmente da incorporação de aquisições recentes que apresentam um perfil de margem superior, mas a empresa estima que as margens teriam aumentado um pouco também em bases orgânicas”, pontua o banco.

Além disso, o Credit Suisse pontua que a participação das receitas recorrentes caiu para 81,7%, de 86,1% em dezembro, uma vez que as aquisições recentes tiveram uma quantidade relevante de novos contratos.

Apesar disso, o banco também destaca que o o crescimento orgânico da receita acelerou para 23,5% ao ano, versus 20,9% no quarto trimestre e com o crescimento orgânico do ARR, de 22,4%, resultando da combinação de 12,6% de novas vendas e de 9,8% do repassa da inflação.

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O Itaú BBA tem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para as ações da Sinqia, bem como o Credit Suisse, com os preços-alvo fixados em, respectivamente, R$ 33 e R$ 27. Segundo compilação feita pela Refinitiv com casas de análise que cobrem o papel, as ações da empresa contam com uma recomendação fortemente positiva, cinco de compra e zero neutra ou de venda. O preço médio entre as casas é de R$ 29,33 – ou um valor 79% acima frente o fechamento da véspera.

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