Ibovespa sobe 1% fecha acima dos 109 mil pontos; juros e dólar caem pelo terceiro dia seguido

Mais uma vez, o índice descolou de Nova York, onde as Bolsas inverteram sinal na última hora

Mitchel Diniz

(Shutterstock)

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No terceiro dia consecutivo de ganhos relevantes para o Ibovespa, o índice fechou acima dos 109 mil pontos, o que não acontecia desde outubro do ano passado. A combinação que tem dado impulso à Bolsa brasileira ao longo da semana, voltou a se repetir hoje: commodities em alta, juros e dólar em queda.

Empresas de consumo e techs, que tem maior necessidade de captar recursos, mais uma vez se destacaram entre as maiores altas do índice. “O investidor tem se mostrado muito mais animado, vendo os juros caindo e prevendo uma economia mais forte do que o que tem mostrado o Relatório Focus, do Banco Central”, afirma Alexandre Brito, sócio e gestor na Finacap Investimentos

João Beck, economista e sócio da BRA, explica que além da entrada relevante de fluxo estrangeiro nos últimos meses, o fluxo de investidores institucionais brasileiros volta a aparecer, ajudando a impulsionar o mercado.

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“Sendo um dos países com a pior performance global e negociando a múltiplos em torno de 8 vezes o lucro (menos da metade do múltiplo americano) somos candidato natural para uma correção técnica. É esse mesmo fluxo que ajuda a derrubar o dólar e os contratos de DI”, afirma Beck.

O Ibovespa fechou aos 109.101 pontos, em alta de 1,01%. O volume negociado no dia ficou em R$ 32,1 bilhões. Na máxima do dia, o índice chegou perto dos 110 mil, mas arrefeceu ganhos, com a piora no exterior.

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
BIDI11 13.15556 25.46
CVCB3 10.46713 12.77
PETZ3 9.70808 16.16
SOMA3 9.18919 12.12
RENT3 8.58576 54.13

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
CRFB3 -2.59309 14.65
SUZB3 -2.48989 60.31
GOAU4 -1.7341 11.9
VALE3 -1.70049 86.71
RRRP3 -1.59073 36.5

O dólar, por outro lado, fechou em baixa pelo terceiro dia seguido, caindo 0,9%, a R$ 5,416 na compra e R$ 5,417 na venda. Na mínima do dia, a moeda americana chegou a oscilar no patamar de R$ 5,30.

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Os juros futuros também tiveram uma terceira sessão consecutiva de queda. O o DI para janeiro de 2023 caiu 12 pontos-base, a 11,92%; os contratos para janeiro de 2025 recuaram 17 pontos-base, 11,12%; e os para janeiro de 2027 tiveram baixa de 15 pontos-base, a 11,14%

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Em Nova York, as Bolsas chegaram a ensaiar uma recuperação repercutindo balanços de empresas, e subiram durante a maior parte do dia. Porém, zeraram ganhos e inverteram sinal na última hora do pregão.

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Os índices americanos têm tido dificuldades de encontrar fôlego diante da expectativa de início de aperto monetário nos Estados Unidos em março, com o avanço da inflação.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados