Hashrate do Bitcoin se recupera após Cazaquistão restaurar internet

O país é o segundo maior centro de mineração de BTC do mundo, atrás apenas dos EUA

CoinDesk

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O hashrate (poder computacional) dos grandes pools (agrupamentos) da mineração de Bitcoin (BTC) foi parcialmente reestabelecido nesta segunda-feira (10), segundo o BTC.com. A restauração ocorre dias depois de a capacidade da computação da rede desabar por causa de um apagão na internet do Cazaquistão.

Entre 5 e 6 de janeiro, o hashrate dos principais pools de mineração caiu 11% após o blecaute da internet do país asiático. Hoje, no fechamento do texto, a perda era de apenas 2,2%, de acordo com dados do BTC.com analisados pelo CoinDesk.

O Cazaquistão é o segundo maior centro de mineração de BTC do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. É responsável por cerca de um quinto do total da produção global. Na semana passada, a nação foi abalada por distúrbios civis desencadeados por um aumento nos preços da eletricidade. Os protestos deixaram 164 mortos e quase 8 mil detidos. O presidente Kassym-Jomart Tokayev chamou as manifestações de atos de “agressão terrorista”.

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A situação está “quase resolvida” e os data centers de mineração de criptomoedas estão de volta, disse Alan Dordzhiev, chefe da Associação Nacional da Indústria de Blockchain e Data Center do Cazaquistão, ao CoinDesk nesta segunda-feira.

A conectividade com a Internet foi amplamente restaurada em todo o país, falou Dordzhiev. As interrupções ainda estão ocorrendo em Almaty, a maior cidade do Cazaquistão e antiga capital, onde os protestos ocorreram na semana passada, mas as regiões com mineradoras de criptomoedas estão “totalmente bem”, completou ele.

O monitor de internet NetBlocks disse na semana passada que o fato de vários provedores perderem a conectividade simultaneamente “indica um kill switch (mecanismo de segurança que desabilita dispositivos ou programas) centralizado”.

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É difícil saber por quanto tempo a internet continuará operando. A rede do país foi restaurada várias vezes nos últimos dias, mas esses momentos foram “breves e imprevisíveis, afetando diferentes provedores e regiões em momentos diferentes”, disse o fundador da NetBlocks, Alp Toker, ao CoinDesk. Além das implicações para os direitos humanos, uma rede com interrupções “não pode dar suporte confiável à mineração de criptomoedas”, completou Toker.

Mineradores baseados no Cazaquistão enfrentam restrições de eletricidade desde setembro, enquanto a rede nacional de eletricidade país se esforça para acompanhar o aumento da demanda. Algumas mineradoras procuram expandir seus negócios para o exterior.

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