Decisão que permite a condomínio barrar locação temporária via Airbnb afeta fundos imobiliários? Gestor explica

Gustavo Ribas, gestor do Navi Residencial, diz que saída é focar na compra de um volume de unidades suficiente para ter o controle do condomínio

Wellington Carvalho

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Gestores e investidores de fundos imobiliários de renda residencial monitoram a discussão sobre a possibilidade de locação temporária de imóveis em condomínio. O tema é visto como uma das principais preocupações do segmento de short stay – que alugam apartamentos por períodos curtos.

“Hoje a grande discussão que a temos em relação ao short stay é relacionada a esta questão. Se os condomínios podem permitir ou proibir as locações temporárias em unidades residenciais”, afirma Gustavo Ribas, gestor do Navi Residencial (APTO11), fundo imobiliário que começa a operar em dezembro.

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Neste momento, os condomínios podem, por meio de convenção, decidir sobre a locação temporária de imóveis, serviço executado principalmente pelo Airbnb, plataforma online de locação.

A decisão mais recente sobre o tema foi tornada pública nesta terça-feira (23), em julgamento realizado pela 3ª Turma da Corte. Na prática, a medida não proíbe a atuação do Airbnb, mas cria dificuldades para o serviço, que se alastrou por apartamentos e condomínios residenciais.

Pesou na decisão dos ministros do STJ questões relacionadas à finalidade dos imóveis e à segurança dos demais moradores, com a movimentação de gente nos espaços de convivência sem um contrato formal de locação.

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Para driblar eventuais restrições, Ribas conta que os fundos imobiliários do segmento podem adquirir UNRs – unidades não residenciais –, espécie de flat que não permite o aluguel de longa temporada, ou comprar a maioria das unidades dos empreendimentos.

“No nosso fundo, a gente focou em comprar o prédio inteiro ou adquirir uma quantidade de unidades que garanta o controle sobre o condomínio”, afirma o gestor. “Neste sentindo, você consegue mitigar este risco onde esta convenção do condomínio já é liberada”, conclui.

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Depois de captar R$ 41milhões, o Navi residencial adquiriu 16 unidades de um empreendimento no Jardim Paulista e um prédio inteiro na Rua Oscar Freire, região de Pinheiros, ambos em São Paulo (SP).

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.