Montadoras se preparam para extensa escassez mundial de chips

Segundo analistas, falta do produto passou de crise de curto prazo a dificuldade estrutural para a cadeia de suprimentos e pode levar anos para ser superada

Estadão Conteúdo

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A escassez mundial de chips no setor automotivo deve seguir como um problema no próximo ano, segundo analistas. Há uma visão crescente de que a falta do produto passou de uma crise de curto prazo a uma dificuldade estrutural para a cadeia de suprimentos automotiva que pode levar anos para ser totalmente superada.

Os fabricantes de automóveis enfrentam um desafio duplo: encontrar os chips necessários para manter suas fábricas funcionando hoje, enquanto fazem planos para garantir um fornecimento de longo prazo, o que inclui mais fabricação de semicondutores nos Estados Unidos.

Vários contratempos prejudicaram ainda mais a disponibilidade de chips. Quedas de energia, um incêndio em um grande fabricante de semicondutores e outros desastres interromperam a produção dos produtos do Japão aos Estados Unidos, passando pela Alemanha.

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Para piorar, a indústria enfrenta gargalos na cadeia de abastecimento. Semicondutores feitos por grandes fabricantes são enviados a empresas em países do Sudeste Asiático para testes e montagem. Essas empresas foram recentemente atingidas por interrupções de produção devido em parte às restrições relacionadas à pandemia de covid-19.

Algumas montadoras já refazem seus planos para 2022. Até entre as que planejam expandir a capacidade, os prazos de entrega de alguns equipamentos de manufatura necessários para aumentar a produção podem se estender por nove meses.

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